Venda de imóveis na região cresce 5% em julho
Pesquisa do Creci indicou ainda alta significativa de 43% em novos contratos de locação residencial
O mercado imobiliário na região de Sorocaba apresentou um desempenho positivo em julho, segundo o estudo mais recente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). A pesquisa, que comparou os números de vendas e locações residenciais com os de junho, envolveu 74 imobiliárias de 21 cidades da região, incluindo Sorocaba, Itu, Salto, São Roque, Tatuí e Votorantim. O resultado foi um aumento de 5,7% nas vendas de imóveis e uma alta significativa de 43,63% nos novos contratos de locação.
Nas vendas, o levantamento apontou que 59% dos negócios fechados envolveram casas, enquanto 41% foram referentes a apartamentos. As casas, em sua maioria, tinham de dois a três dormitórios e área útil entre 50 e 100 m2. Já os apartamentos vendidos possuíam, em geral, dois dormitórios e área útil de até 50 m2.
Em termos de localização, 46,5% das propriedades vendidas estavam situadas na periferia das cidades analisadas; 25,7% em regiões centrais e 27,7% em áreas nobres. O preço médio dos imóveis vendidos ficou na faixa de até R$ 200 mil.
Quanto às modalidades de pagamento, a maioria dos negócios foi financiada diretamente pelos proprietários (40,3%), enquanto 25,8% optaram por financiamento da Caixa Econômica Federal e 8,1% por outros bancos. Negócios à vista ou por consórcios representaram 24,2% e as transações realizadas com outras formas de pagamento foram de 1,6%.
Locação
No mercado de locações, a alta expressiva de 43,63% reflete a crescente busca por imóveis alugados. As casas lideraram as preferências, representando 67% das locações, enquanto os apartamentos ficaram com 33%. Assim como nas vendas, os imóveis locados também eram, em sua maioria, casas de dois dormitórios com área útil de 50 a 100 m2. Já os apartamentos alugados eram, em grande parte, menores, com até dois dormitórios.
A delegada regional do Creci-SP, Cristiane Jordão Araújo, informou que há muitos estudantes e pessoas que vêm de outros municípios para morar em Sorocaba e cidades próximas. “Analisando o percentual de locação e venda do mês julho, vemos uma procura por quitinetes, apartamentos com valores acessíveis próximos às faculdades, hospitais e comércio. Tanto para a venda e locação tem um déficit considerável”, diz Cristiane.
A faixa de preço mais comum para locação foi entre R$ 1.000 e R$ 1.500 mensais. Em relação às garantias locatícias, a preferência dos inquilinos foi pelo fiador. A pesquisa também apontou que 60% das locações foram de imóveis situados na periferia, 11% no Centro e 30% em bairros nobres.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, ressaltou que a média desse valor pelo aluguel, em Sorocaba, é histórica. “Raramente esses aluguéis vão passar de R$ 1.500. Essa é a média do preço há mais de 10 anos”, comentou.
Dos inquilinos que encerraram seus contratos de locação, 36,2% não informaram a razão da mudança, 29,8% buscaram aluguéis mais baratos e 34% optaram por imóveis mais caros.
Análise
A delegada regional do Creci-SP comentou o desempenho regional no mercado imobiliário. “O crescimento nas vendas e locações mostra que, por estarmos perto da rodovia Raposo Tavares (SP-270) e da Castelo Branco (SP-280) favorece muito a logística”.
Além disso, Cristiane diz que “Sorocaba possui um polo industrial muito grande, favorecendo e surgindo novas oportunidades de negócios, agregam novos moradores”.
“Sorocaba já está precisando de salas e lajes coorporativas. Construções pensando em novos hotéis, espaços preparados para área da saúde, espaço para eventos com infraestrutura e áreas residenciais do tipo estúdio, mais compacto e com os cômodos integrados, para um público classe A e B”, avaliou Cristiane. (João Frizo - programa de estágio)