Polícia
Homem é morto pela esposa após tentar estrangulá-la em Sorocaba
De acordo com a mulher, ela vinha sofrendo agressões físicas e constantes ameaças de morte por parte do marido
** matéria atualizada às 20h54
Um homem, de 39 anos, morreu após ser estrangulado pela companheira com um fio de energia de um computador. O caso ocorreu na manhã de terça-feira (23), no bairro Jardim Nova Aparecida, região de Aparecidinha, em Sorocaba. De acordo com o boletim de ocorrência, a ação da mulher deu-se após o esposo tentar fazer o mesmo com ela.
Conforme o documento policial, baseado no depoimento da mulher, de 37 anos, ela vinha sofrendo agressões físicas e constantes ameaças de morte por parte do marido. No dia do crime, ele saiu de casa por volta das 7h e retornou três horas depois, embriagado. Pouco tempo depois, começou a ofender e a ameaçar a esposa e uma das filhas. Em um certo momento, tentou enforcá-la com um fio de energia do notebook.
Ainda, conforme o BO, a mulher conseguiu se soltar e entrou em luta corporal com o companheiro, passando o fio no pescoço dele na tentativa de contê-lo para que uma das filhas do casal, de 13 anos, pudesse ligar para a polícia. Ao perceber que o homem não se movimentava mais, ela ligou para a Polícia Militar informando o que acontecera.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, assim como as polícias Militar e Científica. A delegada foi até o local e, após ouvir a mulher e testemunhas, liberou-a por entender que agira em legítima defesa.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o inquérito policial foi instaurado pelo 6º Distrito Policial de Sorocaba visando a investigação de todas as circunstâncias relativas aos fatos. As diligências prosseguem.
O homem será sepultado amanhã (25), pela manhã, no Cemitério Santo Antônio, em Sorocaba. Ele deixa quatro filhos.
Violência doméstica
De acordo com informações, o homem, de 39 anos, já havia sido preso por violência doméstica, em 2021. Em consulta no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), uma decisão de 2022 do Juizado Especial Criminal e Violência Doméstica julgou o caso como “extinção da punibilidade”, ou seja, para determinar o fim do direito de o Estado punir o autor de um crime. A reportagem entrou em contato com o órgão para obter mais detalhes sobre o processo e aguarda retorno.