Buscar no Cruzeiro

Buscar

Quando Começa?

Obra de nova rua no centro está parada há sete anos

Moradores reclamam que terreno virou ponto para problemas

17 de Julho de 2024 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
O acesso existente entre as ruas Padre Luiz e Francisco Scarpa ainda não foi concluído
O acesso existente entre as ruas Padre Luiz e Francisco Scarpa ainda não foi concluído (Crédito: JOÃO FRIZO (17/7/2024))


Passados mais de sete anos desde que foi aberta, com o propósito de alongar e facilitar o fluxo de trânsito na região central, o acesso existente entre as ruas Padre Luiz e Francisco Scarpa ainda não foi concluído. A “nova rua” também pretendia desafogar a rua Saldanha da Gama. Localizado ao lado do Shopping Cianê e próximo à Praça da Bandeira, atualmente, o local é usado para travessia de pedestres de uma rua para a outra, ponto de uso e venda de drogas e acúmulo de lixo.

A promessa de abertura da nova via já foi anunciada diversas vezes nos últimos anos, alimentando esperanças de melhorias significativas na mobilidade urbana. No entanto, a tão esperada obra ainda não começou.

Segundo a Secretaria de Mobilidade (Semob), “há projeto para construção de uma viela ligando as ruas Francisco Scarpa e Padre Luiz, utilizando essa área, que está em processo de desapropriação”.

O processo para a construção é dividido em partes e em resposta da Semob explicou sobre a previsão. “Na fase seguinte, a previsão é de que a via seja construída mediante parceria com a iniciativa privada, por meio de investimentos de medida mitigadora”.

Moradores e comerciantes das ruas Padre Luiz e Francisco Scarpa expressam frustração. “Já estou sem paciência. Essa obra já era para estar pronta com toda essa demora. Mato alto e um acúmulo de lixo são notáveis”, reclamou a vendedora Vera Regina Francisco.

“A abertura dessa rua seria uma solução excelente para o meu negócio. Mas até agora, nada foi feito”, disse Vera.

A falta de segurança também é um problema. “Às vezes, passam policiais por aqui, bem de vez em quando. Para aumentar a minha segurança, contratei um profissional de rua, esses que fazem a ronda nos bairros, mas não me sinto segura”, relatou Vera.

Márcia Regina Camavese também é moradora e dona de um brechó no bairro e compartilha da mesma opinião. “A segurança de todos do bairro está em risco. Os moradores fizeram um acordo”. O acordo seria todas as lojas fecharem às 17h para evitar roubos. “Como você se sente seguro quando é a única loja aberta até tarde?”, questionou Márcia. “Já tive minha casa roubada 24 vezes em menos de dez anos”, acrescentou.

Outra vendedora, que preferiu não se identificar por ser moradora do bairro e por querer manter sua segurança, comentou que “o terreno se tornaria uma rua, mas nenhuma obra foi feita”. A vendedora trabalha no centro há 4 anos e já presenciou diversos problemas com o terreno baldio. “Uma vez, um usuário de drogas colocou fogo no mato e acabou se espalhando por todo o terreno”.

“Antigamente, a Prefeitura de Sorocaba mandava pessoas para limpar o terreno, mas faz tempo que não mandam ninguém. A última vez que mandaram foi há quatro meses”, comentou a vendedora. Além do local estar abandonado, usuários de drogas fazem uso do local. (João Frizo - programa de estágio)