Cidade implanta sistema para evitar inundações

Por Cruzeiro do Sul

Reservatório do Jardim Abaeté faz parte de um sistema que inclui também estações elevatórias

Assim como outras grandes cidades brasileiras, Sorocaba também já enfrentou enchentes e inundações que causaram tragédias. Para evitar o problema, o município está implantando um sistema de drenagem com bombeamento de água. Os chamados reservatórios de detenção de cheias (RDCs) são responsáveis pela redução dos alagamentos.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba explica que atualmente são três RDCs em operação, no Parque da Água Vermelha, Jardim Abaeté e Parque Campolim. Outros três estão em construção nos bairros Parque Vitória Régia, Jardim Maria do Carmo e Parque dos Italianos.

Os RDCs Água Vermelha e Parque Campolim operam com sistema de vertedouro, somente controlando a vazão e volume do lago. Enquanto os demais RDCs e estações elevatórias de águas pluviais (EEAPs) operam com sistema de bombeamento e contenção física (diques e muretas), para isolamento de água do rio, em caso de transbordamento.

Ainda segundo o Saae todos os sistemas de drenagem, tanto dos RDCs como das EEAPs, passam por manutenções preventivas periódicas, realizadas pelas equipes de eletromecânica e pelos profissionais que fazem a limpeza de vertedouros e gradeamentos, retirando todo o material que possa obstruir a entrada de água. Os dois sistemas operam de forma automatizada e são controlados pelo nível da água no poço de sucção. Já nas bacias Norcross, na Parada do Alto, e Panamá, no Jardim Colorau, a água extravasa por vertedouros e não há bombeamento, segundo o Saae.

As EEAPs estão localizadas ao longo das avenidas Dom Aguirre e Juvenal de Campos, Ponte Francisco Dell’Osso e praça Lions. Essas estações elevatórias de águas pluviais são compostas por bombas, poços de sucção e painéis de acionamento. Estão instaladas estrategicamente nos pontos em que os alagamentos das pistas marginais ao rio Sorocaba eram mais acentuados. A manutenção preventiva consiste na verificação dos sensores, motores e bombas que fazem o recalque da água que transborda do rio para uma caixa de captação.

O Saae explica ainda que quando o rio atinge o nível de inundação, uma válvula fecha automaticamente, impedindo que a água transborde para as pistas e direcionando-a para a estação elevatória, via tubulação, e recolocado-a de volta ao rio, mais à frente, por um conjunto de bombas. Em caso de queda de energia, geradores de energia elétrica entram em funcionamento automaticamente para garantir a operação das bombas.

Para completar o sistema, o Saae informa que está em processo de contratação a instalação de câmeras de monitoramento das estações elevatórias e RDCs. Elas são usadas em caso de necessidade de interdições de vias devido a alagamentos. Além disso, o Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) opera mais de 2,5 mil câmeras em toda a cidade, inclusive ao longo da avenida Dom Aguirre, para orientar ações de trânsito e demais intervenções. (Gabrielle Camargo Pustiglione)