A Região Administrativa de Sorocaba, formada por 47 municípios, criou 27.624 vagas de empregos formais em 12 meses — até março de 2024. A informação foi divulgada por meio de um estudo da Fundação Seade. A RA ficou atrás apenas do município de São Paulo (156.486), da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) — com exceção da Capital — (87.116) e da RA de Campinas (70.992). A Região Administrativa de São José dos Campos aparece logo abaixo da RA de Sorocaba, com 21.422 contratações.

Somente no município de Sorocaba, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 9.380 empregos formais no mesmo período — cerca de 1/3 dos empregos gerados na RA. Nos últimos meses, os setores de serviço, indústria e comércio são os que abriram mais postos de trabalho na cidade.

O economista Flávio Luciano Fávero destaca a atratividade da Região de Sorocaba em termos de crescimento, impulsionada pela qualidade de vida que ela proporciona. Com o aumento do interesse pela região, grandes empresas também optam por se instalar no local. “Pela infraestrutura de um modo geral, pelo parque de desenvolvimento tecnológico, como nós temos, grandes centros universitários, isso tudo possibilita com que o emprego formal cresça e traga mais interessados em contratar essa mão de obra. Sorocaba é uma região extremamente importante, e se nós analisarmos que São José dos Campos está junto nesses primeiros lugares, eu acredito que o fator tecnológico seja um realmente importante nisso tudo. São dois polos de muito desenvolvimento tecnológico”, informou.

Questionado se as expectativas são favoráveis para a Região Administrativa de Sorocaba, Fávero explica que os resultados dos próximos meses dependerão de alguns desdobramentos, incluindo as iniciativas da União.

“Temos visto a busca do governo federal de acabar com os incentivos da folha de pagamento, o que pode ter um efeito negativo na contratação e na oficialização da mão de obra. Se a desoneração passar, os empresários, de um modo geral, terão que revisar seus quadros, devido ao impacto financeiro significativo. Talvez, se isso ocorrer, os resultados podem não continuar sendo tão positivos como estão atualmente”, declarou.

O especialista comenta, ainda, outros fatores que podem impactar esses números. Conforme Fávero, em ano eleitoral, normalmente, há um crescimento maior da economia, o que pode resultar em índices interessantes para 2024. No entanto, tudo depende das medidas que serão tomadas pelo Estado de um modo geral. “Acredito que é importante destacar que a tributação de produtos importados e o estímulo à exportação de produtos nacionais também podem impactar os resultados. Ou seja, a balança comercial pode influenciar a força de trabalho”.