Sorocaba
Cidade faz parte de esquema que traficou R$ 170 milhões
Polícia do DF cumpriu mandados de busca e apreensão em empresas locais
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) realizou, ontem (5), em Sorocaba, uma etapa da Operação Il Padrino, que investiga um grupo suspeito de movimentar R$ 170 milhões em apenas três anos, por meio de um esquema de tráfico de drogas de âmbito nacional. Entre 2020 e 2023, um dos principais operadores financeiros da organização criminosa teria utilizado 12 empresas fantasmas -- registradas em diversas cidades, incluindo Sorocaba -- para lavar o dinheiro, além de utilizar pessoas como “laranjas”.
Cerca de R$ 4 milhões de toda a movimentação são provenientes da organização criminosa com sede no DF, que distribuía a valores às empresas do esquema. Essas, além de servirem como instrumentos para a lavagem de dinheiro, também adquiriam drogas na fronteira entre Brasil e Bolívia. A origem desse montante estaria relacionada aos “tentáculos do crime organizado espalhados por todo o País”, disse a polícia.
A operação -- resultado de um minucioso trabalho investigativo conduzido por policiais civis da capital federal -- concentrou-se principalmente no “rastro do dinheiro”. Os investigadores mapearam detalhadamente as movimentações financeiras, a fim de determinar sua origem e destino. A Polícia Civil de Sorocaba, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), prestou apoio à Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) de Brasília, que conduz o caso. A ação em Sorocaba, teve como alvo o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
As diligências dos agentes de Brasília revelaram que essas empresas foram formalmente registradas em seis cidades: São Paulo, Sorocaba, Avaré, no Estado de São Paulo; Goiânia e Anápolis, em Goiás; e Mossoró, no Rio Grande do Norte. Nesta segunda fase da operação, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão que abrangem localidades como Brasília, Sorocaba, São Paulo, Pau dos Ferros (RN), Arapiraca (AL), Salvador (BA), Anápolis e Aragarças (GO). Além disso, os policias bloquearam as contas bancárias de 12 empresas e de 21 pessoas físicas, todos envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro. (Da Redação)