Mesmo sem caso, Sorocaba faz ações contra a febre maculosa
Equipes da Zoonoses iniciaram ontem uma força-tarefa pelo Parque das Águas
Sorocaba não tem nenhum caso ou óbito registrado por febre maculosa desde 2021. Porém, como forma de orientar a população e identificar as espécies existentes do carrapato na cidade, equipes da Zoonoses e do Saae iniciaram ontem (20), no Parque das Águas, uma força-tarefa de ações preventivas contra a doença. As ações são contínuas, não há data para terminar e deve estender-se ao longo do rio Sorocaba e nos parques municipais.
Entre as ações a serem realizadas está a roçagem do mato alto. Essa é, inclusive, uma das medidas mais simples e efetivas de controle, já que, quanto mais rente ao solo o mato fica, mais fácil a luz solar mata o carrapato. Outra atitude é a pesquisa acarológica. “Fazemos com uma rede branca, que passamos na vegetação próxima à água. O carrapato gruda nessa rede e aí coletamos para fazer a identificação da espécie, se é estrela ou não, para que assim conseguimos analisar a melhor medida a ser tomada”, disse a coordenadora de Vigilância de Zoonoses de Sorocaba, Thais Buti.
Desde que os casos de febre maculosa apareceram na região de Campinas, a associação ao carrapato que aparece nos cães tem sido feito. Porém, esse não há risco para os humanos. “O carrapato de cão é diferente e não transmite doença, então não há risco pra gente, são métodos de prevenção diferentes”, explicou Thais Buti.
Em caso de infecção, é necessário que a pessoa procure um serviço de saúde rapidamente e informe ao médico que esteve em uma área de mata, que é mais propícia ao surgimento do carrapato. Entre os sintomas característicos da doença estão febre súbita, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, dor muscular constante, manchas vermelhas pelo corpo.
Uma reunião entre representantes dos municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) com o governo estadual deve ser feita nos próximos dias para discutir diversos assuntos, entre eles a febre maculosa. “O tema é de interesse da região. Às vezes a capivara sai de Votorantim, vai pra Sorocaba, vai pra outras cidades, existe esse trânsito de animais sim, então é interessante que haja esse alinhamento com os municípios”, disse Rodrigo Manga, prefeito da cidade e presidente da RMS. (Thaís Marcolino)