Máquina de escrever de Adalberto Vieira é doada ao museu do Cruzeiro
O museu sobre jornalismo mantido pelo jornal Cruzeiro do Sul recebeu uma doação especial ontem (15), pela manhã: a máquina de escrever que pertencia ao jornalista sorocabano Adalberto Vieira, conhecido como Pardal, que faleceu aos 67 anos, em 21 de maio de 2021.
A doação ao acervo do museu foi decisão de sua esposa, Lauri Nunes Garcia Vieira que diz se lembrar de quando Pardal levava a máquina para o trabalho. “Eu me lembro que ele ia trabalhar e levava a máquina no braço. Ela tem uma espécie de bolsa que pendura no ombro. Ele usava para trabalhar e também para escrever em casa, me lembro bastante disso. Depois, mudou tudo, já não usava mais. Mas foi por muito tempo instrumento de trabalho dele”.
Pardal iniciou sua carreira no Cruzeiro do Sul, em 1977, antes mesmo de concluir a faculdade de jornalismo. Deixou a Redação em duas ocasiões, para assumir a assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba. Também trabalhou em radiojornalismo e em produtora de vídeos. Retornou ao Cruzeiro em 1997, onde permaneceu até 2020, editando o caderno Motor, o suplemento de veículos do jornal, e chegando ao cargo de editor responsável.
Ontem, foi um momento de doação e também de recordações para Lauri. Ela conta que acompanhou as dificuldades e as alegrias da carreira de Pardal e faz elogios ao seu companheiro de vida: “Ele era uma pessoa muito dócil, equilibrada e foi um exemplo para os meus filhos. O que fez eu me apaixonar foi a inteligência dele. Ele lia muito, sem parar e tinha um acervo de livros. Essa parte intelectual dele era muito forte. Ele estava sempre por dentro dos assuntos, uma marca do jornalista, né?” (Da Redação)