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Dia Internacional da Mulher

Idosas ou adolescentes, elas mostram sua força

Apesar das visões diferentes, mulheres aproveitam o seu dia para reforçar a luta contra a discriminação

07 de Março de 2023 às 23:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Ex-enfermeira e costureira, aos 90 anos, Olga continua ativa, bem informada (lê o jornal diariamente) e inspirando três gerações de descendentes
Ex-auxiliar de enfermagem e costureira, aos 90 anos, Olga continua ativa, bem informada (lê o jornal diariamente) e inspirando três gerações de descendentes (Crédito: CORTESIA )

Nesta quarta-feira (8) é celebrando o Dia Internacional da Mulher. A data está ligada ao movimento operário e foi oficializada pela ONU em 1975. Em boa parte do mundo, o dia é de reflexão sobre o combate às desigualdades e discriminação que as mulheres enfrentam, ainda hoje, para terem suas condições equiparadas às dos homens. Para lembrar a data, dois exemplos de força e coragem: a sorocabana Olga Vasques Maldonado, de 90 anos, e Michaela Santos, 17 anos, moradora do Jardim dos Eucalíptos. Com visões diferentes, elas refletiram sobre a importância do dia. Em comum, elas destacam a força da mulher em qualquer idade: seja na juventude ou na maturidade.

Olga nasceu em outubro de 1932, no bairro de Brigadeiro Tobias, em Sorocaba. Sempre foi vista pelos pais (de origem espanhola) como uma menina à frente do seu tempo. Como era costume antigamente, ela se casou aos 18 anos e há 10 anos é viúva, tendo passado mais de 60 anos casada. Teve três filhos, sendo duas mulheres, além de 10 netos e uma bisneta.

Com gosto pela costura e pela enfermagem, Olga realizou o sonho de trabalhar em um hospital como auxiliar e por muitos anos exerceu a atividade de costura, tendo feito, inclusive, vestidos de noivas. Além do trabalho, Olga ainda arrumava tempo para cuidar da casa e dos filhos, além de desenvolver atividades religiosas. Vaidosa, ela sempre gostou de se cuidar e se vestir bem, “de forma elegante”.

Olga conta que adora ler e, por isso, é assinante do jornal Cruzeiro do Sul há muitas décadas. “Todas as manhãs eu leio o jornal todinho e adoro. Gosto muito de ler o artigo do professor Alvarenga (publicado aos domingos) e as notícias também. Leio tudo”, ressaltou.

Sobre a data, ela afirma que é um dia especial e que as mulheres não devem ser subestimadas. “Não gosto de violência contra a mulher. O homem que faz isso não tem coração. A mulher deve ser respeitada”, afirmou, categoricamente.

Por conta de um AVC, Olga necessita de uma cadeira de rodas para se locomover. Mas, isso não a impede de continuar sonhando. Ela revelou que gosta muito de viajar e que já foi para a Alemanha sozinha. “Ainda quero viajar mais”, destacou.

Jovem se realiza no trabalho

Michaela, de 17 anos, encontrou na vida profissional, iniciada como aprendiz, uma oportunidade para vencer a timidez e provar a sua competência - DIVULGAÇÃO / JCB
Michaela, de 17 anos, encontrou na vida profissional, iniciada como aprendiz, uma oportunidade para vencer a timidez e provar a sua competência (crédito: DIVULGAÇÃO / JCB)

Aos 17 anos, a moradora do Jardim dos Eucalíptos, Michaela Santos, encontrou na atividade profissional uma oportunidade para vencer a timidez. Ela começou como jovem aprendiz, na empresa JCB, em Sorocaba, na área de Recursos Humanos, atuando na comunicação com os colaboradores, além de ajudar com treinamentos.

Foi na atividade profissional que a jovem encontrou maior representatividade feminina, por meio do Comitê de Diversidade, que incentiva o protagonismo das mulheres na empresa JCB de forma natural e orgânica.
“Comecei no projeto com 16 anos e ele foi uma grande oportunidade para mim, pois eu era quieta e não conversava muito com a minha família. O projeto me ajudou, inclusive no processo de interação”, afirmou a jovem.

Segundo o head de RH da empresa, Rafael Cardoso, a JCB do Brasil tem ampliado o protagonismo das mulheres na companhia por meio de diversas ações que são promovidas pelo RH. “Além do Comitê de Diversidade atuante, áreas como administrativo e comercial chegam a ter 60% da equipe do sexo feminino. Já no setor fabril, houve primeiro uma adequação estrutural para que houvesse o aumento gradual da contratação de mulheres”, destacou. (Ana Claudia Martins)

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