Política
CPMI do 8 de janeiro não é o foco do deputado federal Vitor Lippi
Ele, que foi prefeito de Sorocaba de 2005 a 2012, disse acreditar não haver "esclarecimento suficiente" para que a ferramenta desenvolva seu trabalho
Com foco em outros projetos, o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) não está interessado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro, na praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Ele, que foi prefeito de Sorocaba de 2005 a 2012, disse acreditar não haver “esclarecimento suficiente” para que a ferramenta desenvolva seu trabalho. Sua atuação parlamentar, disse Lippi, estão concentrados à reindustrialização e a reforma tributária do País.
O requerimento para abrir a CPMI é uma iniciativa do deputado André Fernandes (PL-CE) e visa descobrir quem está por trás dos ataques, “garantir a inocência daqueles que apenas se manifestaram” e apurar se houve negligência por parte do governo Lula. De acordo com Fernandes, o pedido de abertura já tem o número de assinaturas necessário para a instalação do procedimento no Congresso Nacional. No entanto, o Regimento Interno do Senado não estipula prazo para a instalação do colegiado. A expectativa dos parlamentares que apoiam a apuração é que a CPMI seja instaurada ainda nesta semana.
Lippi afirmou que não é um “deputado ideológico” e que está trabalhando para fomentar o ambiente de negócios e a competitividade das indústrias. “Não sei exatamente qual é a razão, onde se quer chegar. Mas, certamente, o que vai prevalecer é o barulho e o interesse político de quem estará participando. Muitos deputados têm esse perfil. Eu tenho me dedicado a tecnologia e inovação, a reindustrialização do Brasil. Este era o meu foco no governo Bolsonaro e continuo com a mesma determinação neste novo governo. Acredito que, quanto menos eu polemizar, mais posso ajudar nas mudanças que o País precisa”, comentou.
O ex-prefeito finalizou dizendo que qualquer deputado pode assinar o documento, mas são poucos os que se propõem a desenvolver bons trabalhos. Dentre os quatro deputados federais que assinaram o requerimento da CPMI do dia 8 de janeiro, apenas Jefferson Campos (PL) se manifestou a favor da apuração. As deputadas Simone Marquetto (MDB-SP) e Erika Hilton (Psol-SP) não responderam aos questionamentos do Cruzeiro do Sul. A reportagem segue à disposição das congressistas para que ambas deem suas respectivas versões. (Wilma Antunes)