Sorocaba
Proximidade da Copa deixa comércio otimista
Expectativas variam de aumento de 30% a saldo igual ao de 2018
O comércio de Sorocaba está otimista com a aproximação da Copa do Mundo 2022. Lojistas consultados pelo Cruzeiro do Sul projetam aumento de 30% nas vendas ou, pelo menos, saldo equivalente ao de 2018, ano da última edição do campeonato. A Associação Comercial de Sorocaba (Acso) confirma a previsão de resultados superiores. A 22ª edição do mundial será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro, no Catar, nos Emirados Árabes.
Segundo o economista da Acso, Roque Pinto de Camargo, de 34 anos, a Copa beneficia setores específicos. Alguns são o alimentício, de bebidas, decoração, vestuário, de artigos esportivos, dentre outros. Ainda conforme ele, em 2018, o Brasil enfrentava uma crise econômica acentuada, o que afetou o comércio. Agora, o cenário se atenuou. Por isso, a perspectiva para 2022 é de uma Copa “um pouco melhor” para o setor. “Estamos vivendo um momento de recuperação”, disse.
Para Camargo, benefícios sociais concedidos pelos governos também podem motivar as pessoas a consumir mais. Isso, consequentemente, também favorece o comércio. Ainda de acordo com o especialista, outro fator com influência direta nas vendas é a amenização da pandemia de Covid-19. Ele opina que, após dois anos sem poderem sair, devido ao isolamento social, os brasileiros querem aproveitar todos os eventos. “As pessoas estão mais otimistas e empolgadas em relação a 2018”, comentou. “A pandemia fez o pessoal refletir um pouco mais e valorizar mais os momentos de união”.
A loja Épocas & Festas Fantasias, na Vila Jardini, deve vender 30% mais nesta edição da Copa. Segundo o proprietário Hudson Renó Megliorini, de 44 anos, o estoque de produtos foi montado há seis meses. A busca, igualmente, começou mais cedo e deve se intensificar nos últimos dias antes do início do campeonato. “Já está tendo procura há uns dois meses, principalmente, por quem mora fora do País e precisa levar bandeiras, camisetas”, contou Megliorini.
No estabelecimento, há opções para todos os bolsos -- desde cornetas a R$ 6 até camisa oficial da seleção brasileira por R$ 120. Conforme o empresário, uma das principais novidades é a bandeira do Brasil com as flâmulas de outras nações nas bordas. As cornetas no formato da taça da competição também têm chamado a atenção dos clientes. Megliorini informa que bandeiras, camisas e cornetas são justamente os artigos mais consumidos.
De acordo com o lojista, os torcedores investem alto, com ticket médio entre R$ 200 e R$ 500. Ele atribui o gasto alto ao desejo das pessoas de festejar após um período difícil. “Depois da pandemia, foi surreal a quantidade que as pessoas começaram a consumir em todas as festas e épocas”, comentou.
Já no Armarinhos Fernando, no Centro, a previsão é de saldo igual ao de 2018. Conforme o gerente da unidade, Alexandre Salvador Segura, de 52 anos, a rede adquiriu os itens em outubro, e a procura começou no mesmo mês. A loja possui variedade de itens, com preços diversos. Os mais baratos são os apitos de R$ 1 e os mais caros, copos de R$ 19,90. Inclusive, os copos, juntamente com chinelos, são as novidades. Mas, as camisas alusivas à Copa continuam a liderar as vendas.
Segura considera a possível estabilidade nas vendas, e não crescimento, pelo fato desta edição ser no fim do ano. Segundo ele, devido às várias datas festivas no mesmo período, os consumidores terão gastos acumulados. Com isso, deverão dividir as suas despesas para cada uma delas. “O público está acostumado com a Copa em junho e julho. Devido ao calendário ser (agora) no fim do ano, o pessoal vai economizar um pouco na Copa, por causa do Natal, por serem datas muito conflitantes”, considerou. Apesar disso, o gerente acredita na elevação do movimento nas semanas anteriores ao campeonato e, principalmente, da estreia do Brasil.
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