Saúde pública
Em Sorocaba, 3.150 aguardam cirurgias de hérnia, vesícula e varizes
Prefeitura informa que o valor investido anualmente com essas cirurgias eletivas é de mais de R$ 1,6 milhão
A fila de espera para a realização de cirurgias de vesícula, hérnia e varizes chegou a 3.150 pacientes em Sorocaba. As instituições que realizam esse tipo de procedimento, entretanto, não podem agir de forma independente e fazer o chamamento por conta própria. Para que esses pacientes possam ser, de fato, operados, a Prefeitura precisa fazer um contrato com os hospitais conveniados.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SES), atualmente, há 1.324 pacientes aguardando para cirurgia de hérnia; 1.338 para vesícula e 488 para varizes. O Poder Executivo informou que o valor investido anualmente com essas cirurgias eletivas é de mais de R$ 1,6 milhão. Também destacou que, apesar da fila, os procedimentos médicos já estão sendo agendados em um dos prestadores municipais ou pelas vagas do Estado do Estado de São Paulo.
Só em 2022, já foram realizadas 175 colecistectomia (vesícula); 162 hernioplastias (hérnia) e 73 cirurgias de varizes. “A SES informa que cirurgias eletivas, como essas, são prioridade da atual administração, ampliando atendimentos e realizando os procedimentos, a fim de zerar as filas”, salientou a pasta em trecho da nota enviada à reportagem.
O padre Flávio Miguel Jorge Júnior, gestor da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, explicou que não há filas no hospital. Os pacientes em espera são aqueles do sistema público da cidade. Desta forma, fica a critério do Executivo contratar o hospital para fazer as cirurgias. “Havia no município uma fila para quem tem cálculo renal de quase 10 anos. O Manga (prefeito) contratou a Santa Casa e as filas zeraram. Estamos fazendo, em média, de 15 a 18 pessoas por mês”, disse.
Além disso, os agentes políticos que representam a região de Sorocaba ainda podem colaborar com a saúde por meio de emendas parlamentares, como é o caso dos deputados e dos vereadores. “Conseguimos praticamente R$ 2 milhões para cuidar do câncer, sendo R$ 700 mil do Governo Federal e R$ 1,3 milhão do Governo Estadual. Aproximadamente 80% dos vereadores também ajudam na questão financeira. A arrecadação é importante, pois podemos investir em reformas, compra de aparelhos hospitalares e leitos, por exemplo”, concluiu o padre Flávio. (Wilma Antunes)