O aumento da criminalidade na região central de Votorantim tem preocupado os comerciantes da cidade. Em grupos de WhatsApp, empresários que tiveram seus estabelecimentos invadidos reclamam da falta de segurança. Isso porque, além dos objetos furtados, essas pessoas também tiveram seus imóveis danificados.

Na avenida 31 de Março, que concentra a maioria das lojas do município, o medo de ser assaltado entre os trabalhadores do comércio é constante. Uma vendedora, que preferiu não ter a sua identidade revelada, disse que fica mais receosa no período da noite. “Tem dias que preciso sair um pouco mais tarde. Tenho medo de ser abordada enquanto pego ônibus, tem muito drogado por aqui. Fora que eu sou mulher. Mulher nunca está segura sozinha”, contou.

Marco Gebaile, de 49 anos, é dono de um estacionamento próximo à avenida. Ele relatou ao Cruzeiro do Sul que seu estabelecimento foi invadido na madrugada do dia 1º. De lá, levaram uma máquina de cortar grama, segundo Gebaile. Além dos vidros da janela, foram quebrados outros recipientes de vidro que o empresário vende, aumentando seu prejuízo.

De acordo com o empresário, uma casa que fica na mesma rua também teria sido furtada recentemente. “Fico preocupado porque, na maioria das vezes, é minha esposa que fica lá. Ela sempre relata que pessoas estranhas passam olhando lá. À noite deve ocorrer mais delitos, porém, de dia vejo bastante drogados perambulando pelo centro”, disse.

A reportagem questionou a Prefeitura de Votorantim sobre o problema mencionado pelos comerciantes. Em resposta, a administração municipal afirmou que está implantando um novo sistema de videomonitoramento, em alguns pontos da cidade e em próprios municipais, que atuará em conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM).

“No que lhe cabe, o Executivo tem, constantemente, atuado em conjunto com as polícias Militar e Civil, através da GCM e da fiscalização de posturas. Esclarecemos, ainda, que muitas cidades têm sofrido com onda de furtos e pequenos delitos, sendo uma situação de conhecimento público e notório”, argumentou.

Proprietários de lojas ainda chegaram a citar uma possível reunião com autoridades da cidade na segunda-feira (5) para tratar do assunto. (Wilma Antunes)