Gastronomia típica é destaque em Votorantim
A praça Lecy de Campos se torna um grande restaurante com muitas opções de cardápio durante a 105º Festa Junina de Votorantim, incluindo bebidas e comidas típicas da época, como quentão, vinho quente, cocada, bolo de milho e a tradicional sopa de cebola, além dos caldos de feijão e mandioca. Todas essas delícias são vendidas em barracas montadas por diversas entidades beneficentes e muitas delas têm na festa uma importante fonte de renda para manutenção dos trabalhos.
As barracas possuem cardápios diversificados, mas cada uma tem a tradição de fazer alguma receita específica. O que é compreensível pois o evento está em sua 105ª edição.
A votorantinense Dirce Pontes Tonche participa há mais de três décadas da festa. Ela é quem ensina algumas das receitas para os novos voluntários da barraca da Creche São Vicente de Paulo, instituição que o marido fundou. “Nós pensamos é nas crianças, então fazemos sempre o melhor”. Os lanches são uma opção, mas o destaque é o cuscuz, que tem a mesma receita desde a primeira participação no evento, assim como os caldos verde e de cebola.
“Quem experimenta sempre volta”, comemora a senhora de 84 anos que demonstra a felicidade de estar envolvida nos trabalhos da barraca. “Nunca estive melhor, acordei hoje (25) e comemorei, a festa me reanimou”, conta com os olhos brilhando.
Perto dali, Silmara Fernandes leva o cardápio até o corredor e com muita paciência conversa com cada pessoa que tem dúvidas sobre a comida. Ela é a gestora da Apae, mas ali, como os colegas de trabalho, assume a função que for necessária. Os 25 voluntários trabalham para atender o público. “A gente depende muito dessa Festa, durante a pandemia, quando não aconteceu, a arrecadação caiu mais de 50%”, explica.
Mas quando ela fala dos pratos é que a conversa fica mais interessante. Na barraca da Apae o forte é a costela. O ingrediente aparece na sopa com mandioca, na coxinha e no pastel.
Já na barraca da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o trabalho era intenso na cozinha e na arrumação da decoração. A voluntária Jéssica Arabi, subiu numa cadeira para arrumar o enfeite em cima do caixa. Diariamente, cerca de 20 pessoas vão se revezar, de forma voluntária, para o trabalho durante o tradicional evento junino. “O empenho está sendo muito grande, é um momento importante para nós”, diz ela que participa pela segunda vez, a primeira foi em 2019. Na barraca, os espetinhos, os cremes e os pastéis são os preferidos. “É trabalho, mas também é uma diversão em meio a esse ambiente”, finaliza antes de voltar para os afazeres que vão tomar toda a sua noite. (Denise Rocha)