Sorocaba
Projeções noturnas pela luta antimanicomial
Objetivo é sensibilizar a população e promover reflexões sobre a saúde mental
Quem passar pela região central de Sorocaba, mais precisamente na rua São Bento, altura do número 190, nesta quinta-feira (12), das 19h às 21h, vai se deparar com projeções de mensagens nas fachadas e laterais de edifícios. A iniciativa é da subsede de Sorocaba do Conselho de Psicologia de São Paulo (CRP SP). O objetivo é sensibilizar a população e promover reflexões sobre a saúde mental, formas de tratamento e equipamentos assistenciais.
Os recados reforçam a defesa do Conselho de Psicologia no cuidado em liberdade, fora dos manicômios, para marcar o início da campanha oficial deste ano da entidade pela luta antimanicomial. O tema será “Saúde Mental se faz com o povo! Por um SUS antimanicomial!”.
A proposta de realizar essa iniciativa tem a ver com a necessidade de mobilizar o maior número de pessoas em defesa dessa questão. Por se tratar de uma manifestação artística contemporânea consegue atrair a atenção das pessoas que acabam interagindo com o conteúdo que é transmitido.
Para se ter uma ideia, a última intervenção ocorreu na cidade de Assis, no dia 06 de maio, depois de já ter passado pelas regiões de São José dos Campos, Santo André, São José do Rio Preto, Suzano, Campinas, Bauru, Santos e Ribeirão Preto. A apresentação final está programada para ocorrer na data oficial da Luta Antimanicomial, dia 18 de maio, com projeções na capital.
A luta antimanicomial
No Brasil, tem início a Reforma Psiquiátrica em meados de 1980, após discussões científicas e reflexões sobre o tratamento de pessoas em sofrimento mental. A proposta já era desafiadora, pois nascia com o objetivo de denunciar as violações de direitos de pacientes. Contudo, era preciso dar um passo importante nessa discussão e elaborar políticas públicas de cuidado em liberdade, com uma rede de apoio e serviços, com estratégias comunitárias que tivessem como princípios norteadores a solidariedade e a inclusão.
É também por isso que é possível dizer que trata-se de um processo histórico que une pessoas em sofrimento mental e os profissionais de saúde para garantir Direitos Humanos e sociais. É uma luta para banir o modelo, até então institucionalizado, que prioriza práticas de assistência violentas e excludentes. (Da Redação)