Sorocabano é atropelado em Nova York e motorista não presta socorro

Estado de saúde do jovem é considerado grave; família pede justiça

Por Vanessa Ferranti

Jovem de 21 anos está internado em um hospital de Nova York

Um sorocabano, de 21 anos, foi atropelado em Nova York, nos Estados Unidos. O caso aconteceu no dia 8 de março e, desde então, Luiz Gustavo Lotte está internado em coma em um hospital da cidade. O estado de saúde do jovem é considerado grave. O jornal Cruzeiro do Sul conversou nesta quarta-feira (23) com a família da vítima. Patricia Rocha França, profissional do marketing e madrasta de Luiz conta que ele foi para o país em março de 2020 para realizar o sonho de morar fora. Um tio e os avós já viviam nos Estados Unidos. “Ele está legalmente lá, morando sozinho e trabalhando há cerca de um ano em uma empresa de mídia social. O Luiz é um rapaz muito esforçado e estava muito feliz”, declara.

Sobre o acidente, Patricia relata que não sabe dizer exatamente o que ocorreu, pois Luiz estava sozinho, mas de acordo com informações do boletim de ocorrência, uma testemunha disse à Polícia de Nova York que viu um carro Toyota preto em alta velocidade. O veículo atingiu Luiz e fugiu sem prestar socorro. A placa era de Nova York, porém a testemunha não conseguiu anotar o número. O atropelamento aconteceu por volta das 19h30 da noite e a família acredita, que devido ao horário, o rapaz estaria saindo da academia.

Após o atropelamento, Luiz Gustavo foi socorrido desacordado e levado para um hospital da cidade, onde está há 15 dias em coma. O jovem também teve costelas, ombros e pescoço quebrados, além de lesões no pulmão e na cabeça. Até o momento, o sorocabano precisou passar por cinco cirurgias. “O caso dele é muito grave. Os médicos acreditam que ele vai permanecer em coma por um bom tempo. Agora estão tirando a sedação dele para observar o quadro”, diz Patricia.

Por enquanto, ainda não há informações sobre nenhum suspeito. Ainda segundo a madrasta, até ontem ninguém da polícia havia entrado em contato com a família, porém após a repercussão na imprensa brasileira, um detetive de Nova York começou a investigar o caso. O esposo de Patrícia e pai de Luiz viajou para a cidade para visitar o filho e acompanhar a investigação.

No Brasil, a família e amigos pedem justiça e torcem pela recuperação de Luiz Gustavo. “Conheci o Lu em Sorocaba quando estávamos no ensino médio e nunca mais perdemos o contato. Sempre saíamos juntos e durante esse período mantínhamos muito contato online. Ele é a melhor pessoa que eu já conheci. Estamos fazendo o possível e até mesmo tentando o impossível para que o Lu fique bem, que a gente tenha ele de volta e que a investigação seja resolvida”, declara a amiga Luísa Dipsie.

“Todo mundo está nos falando que lá é um local com muitas câmeras e que tem um batalhão de policia há poucos metros de onde o carro atropelou o Luiz. O nosso intuito é de divulgar o que aconteceu para que a polícia tome as providências e ache quem fez isso”, conclui a madrasta Patricia. (Vanessa Ferranti)