Buscar no Cruzeiro

Buscar

Mercado

Imóvel da Campari está à venda e avaliado em torno de R$ 111 milhões

Lance inicial é de R$ 60 milhões para um terreno cuja área é de 216.718 metros quadrados

16 de Março de 2022 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
A área inclui um lago e 47 edificações, uma delas em forma de castelo.
A área inclui um lago e 47 edificações, uma delas em forma de castelo. (Crédito: ARQUIVO JCS (9/4/2019))

A área em que funcionava a unidade fabril do Grupo Campari, localizada na zona leste de Sorocaba, está novamente à venda. Entretanto, diferente de como ocorreu em 2019, agora há valores sobre a transação em potencial. O local está avaliado em R$ 111.260.000,00 e o lance inicial é de R$ 60 milhões. A empresa não comentou a venda.

O texto sobre a venda afirma que o área de terreno é de 216.718 m² e que as coberturas de parte dos galpões estão em processo de retirada. O anúncio também lembra que o zoneamento do local é industrial, porém cercado pelo zoneamento residencial. “A área está localizada dentro da zona urbana de Sorocaba, com forte aptidão para empreendimentos residenciais e comerciais”, argumenta.

As fotos disponíveis em um dos sites de venda -- são cinco, pelo menos -- mostram que vários prédios estão sem parte do telhado. O início da venda começou em 1º de dezembro de 2021. O site Superbid aponta que o encerramento do lote ocorrerá em 30 de junho de 2022. O terreno conta com 47 edificações, num total de 50.101 m² de área construída. O local, conforme o anúncio, não apresenta contaminação.

De 2020, no Youtube, há um vídeo que mostra, a partir de um drone, como é o local. O material tem pouco mais de dois minutos. Em 11 de fevereiro deste ano, há um anúncio no qual o imóvel aparece com o valor de R$ 80 milhões.

A perita Cristiane Jordão, corretora e delegada regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), avalia que o valor está dentro dos parâmetros do mercado, isso levando em consideração vários pontos. “Quando nós começamos a levar empreendimentos para esse lado, quando eu levei o Pão de Açúcar, nós olhamos o tanto que tinha de metro quadrado para expandir. Quando você olha centro, norte, sul, leste, oeste, você vê onde ainda dá para expandir. Na zona leste, nós ainda conseguimos expandir com empreendimentos de alto e médio padrão. Isso conta muito com relação ao metro quadrado”, comenta.

Ela lembra alguns pontos que terão de ser observados no processo, em especial a parte ambiental. Por exemplo, o lago que está no local. “São fatores que agregam na avaliação. É uma bela de uma propriedade”, diz. Ela ainda leva em consideração a linha férrea que passa no local e um dos prédios dentro do imóvel, construído em forma de castelo. Segundo ela, é preciso verificar se não há processo de tombamento.

Em julho do ano passado, conforme noticiou o Cruzeiro do Sul, havia uma proposta de compra para a área por parte da American Brazilian Open Arms Foundation (Aboaf). A entidade filantrópica tem sede em Nova York, nos Estados Unidos, e estaria abrindo uma filial em Sorocaba. A reportagem questionou a entidade na terça-feira (15) sobre a questão, mas não recebeu retorno.

A Campari começou a operar em Sorocaba em 2001. Quando fechou, em 2018, as marcas produzidas na cidade eram Campari, Aperol, Dreher, Skyy, Old Eight, Drurys, Cynar, Cinzano e Sagatiba. A empresa não se manifestou sobre a venda. (Marcel Scinocca)