Pandemia
Cidades da RMS ainda não têm data da vacinação de crianças contra a Covid-19
Prefeituras informam que ainda não receberam as doses pediátricas do governo estadual para iniciar a imunização na faixa etária de 11 a 5 anos
As 27 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), até o início da tarde desta sexta-feira (14), ainda não tinham data definida para o início da vacinação de crianças de 11 a 5 anos contra a Covid-19. Isso porque a distribuição das doses pelo governo estadual seria iniciada no final desta tarde. Inicialmente, a Secretaria de Estado da Saúde informou que recebeu somente 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer do Ministério da Saúde.
Questionada a respeito, a Secretaria de Estado da Saúde informou que as equipes da pasta receberam o imunizante no final desta manhã, e a distribuição para todas as regiões do Estado será iniciada até o final da tarde.
Já a Prefeitura de Sorocaba informou que o município ainda aguarda o envio do documento técnico do Governo do Estado de São Paulo e dessas novas doses. “Tão logo chegarem, novas ações de vacinação já serão programadas e, em seguida, informadas à população e à imprensa”, ressalta a Secretaria da Saúde (SES) do município.
A previsão é que as doses pediátricas sejam enviadas ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) em Sorocaba ainda nesta sexta e em seguida a quantidade de vacinas que compete ao município seja repassado para a Prefeitura de Sorocaba.
A estimativa é que a faixa etária de crianças de 11 a 5 anos na cidade seja em torno de 50 a 60 mil crianças que poderão ser vacinadas contra a Covid-19, já que a imunização não é obrigatório, mas foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde.
A Prefeitura de Itapetininga informa que a Secretaria de Saúde do município ainda não recebeu as doses da vacina que serão aplicadas em crianças. “As equipes passam por treinamento e capacitação para atender esse público, de forma remota. Assim que tivermos mais detalhes, informaremos a imprensa”, informou a assessoria de imprensa municipal.
O Cruzeiro do Sul também questionou a respeito as prefeituras de Itu, Piedade e Votorantim, mas ainda não recebeu resposta.
Capital paulista começa imunização
No entanto, na capital paulista, nos postos de saúde a vacina contra a Covid-19 começará a ser aplicada a partir de segunda (17), conforme divulgado pela prefeitura. O mesmo deve ocorrer nas demais cidades do estado. A prioridade da vacinação será de crianças com algum tipo de comorbidade ou deficiência, além de indígenas e quilombolas.
Simbolicamente, a vacinação em crianças começou na capital paulista nesta sexta, às 12h, quando a primeira criança no Brasil foi vacinada contra Covid-19. Um garoto indígena de 8 anos, Davi Seremramiwe Xavante, faz tratamento de saúde no Hospital das Clínicas da USP, onde foi vacinado.
A expectativa do governo estadual é a de vacinar 4,3 milhões de crianças no período de três semanas. A vacinação deve ocorrer de forma escalonada, em ordem decrescente, como foi feito com a população adulta, mas o governo aguarda o recebimento de doses para divulgar um calendário.
Nesta primeira etapa da campanha de vacinação infantil, o Plano Estadual de Imunização recomenda que as 645 prefeituras do Estado priorizem crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiência, indígenas e quilombolas. A estimativa é que 850 mil menores nestas condições sejam vacinados de forma prioritária.
A lista das comorbidades é definida pelo Ministério da Saúde. Pais e responsáveis precisam apresentar nos postos de vacinação comprovantes como exames ou qualquer prescrição médica. Os cadastros já existentes nas Unidades Básicas de Saúde também poderão ser utilizados para a vacinação.
As primeiras doses pediátricas de vacina contra a Covid-19 para imunização de crianças chegaram ao Brasil na última quinta-feira (13), com 1,248 milhão de doses do imunizante fabricado na Bélgica, que pousou no aeroporto de Viracopos, em Campinas. (Da Redação)
Lista de comorbidades do Ministério da Saúde
Insuficiência cardíaca
Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
Cardiopatia hipertensiva
Síndromes coronarianas
Valvopatias
Miocardiopatias e pericardiopatias
Doenças da aorta, grandes vasos e fístulas arteriovenosas
Arritmias cardíacas
Cardiopatias congênitas
Próteses e implantes cardíacos
Talassemia
Síndrome de Down
Diabetes mellitus
Pneumopatias crônicas graves
Hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3
Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo
Doença cerebrovascular
Doença renal crônica
Imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos)
Anemia falciforme
Obesidade mórbida
Cirrose hepática
HIV