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Enfim, 2022!

União e fim da pandemia são desejos para 2022

Após superar mais um ano difícil, sorocabanos esperam maiores atitudes de amor e fraternidade

01 de Janeiro de 2022 às 09:29
Kally Momesso [email protected]
União e fim da pandemia são desejos para 2022
União e fim da pandemia são desejos para 2022 (Crédito: AFP)

Depois de tantas adversidades, 2022 chega para renovar as esperanças de um futuro com mais união e do fim da pandemia de coronavírus, que já dura dois anos e voltou a preocupar com a descoberta da variante Ômicron. Conforme relataram os sorocabanos entrevistados pelo jornal Cruzeiro do Sul na semana passada, o livro que está com as folhas em branco pode ser um convite para ser preenchido com mais atitudes de amor e fraternidade.

Para Maria Isabel Dias de Moura, de 65 anos, o ano foi razoável. “Nós nos cuidamos e superamos (o coronavírus). Ninguém teve Covid e isso foi o máximo para mim”, exemplificou, citando a sua família. Relembrando do ano que passou, Isabel esteve distante de familiares e amigos, como muitos brasileiros. Foi apenas no Natal que reencontrou alguns entes queridos já vacinados. Ela leva como aprendizado a falta que faz o convívio com as pessoas amadas.

Suas expectativas para o novo ano estão ligadas ao fim dos casos do vírus que atinge o mundo todo e maiores cuidados com a saúde. “Eu espero que todos tenham consciência e que a gente supere todas as pandemias, porque nós estamos vendo a gripe chegando. Eu gostaria que todos se cuidassem e se vacinassem para que a gente supere tudo isso”, disse Maria Isabel.

A professora Andressa Gouveia de Alencar, de 38 anos, precisou se reinventar em 2021 e passou a dar aulas particulares. Ainda assim, ela acredita que as aulas presenciais são necessárias. “Foi bem diferente porque as crianças precisam da interação da sala de aula. A gente dá o nosso máximo, mas faz falta”, contou.
Conforme Andressa, sua expectativa para 2022 é quanto ao retorno das aulas presenciais e que a educação “vá para frente”. “(Espero) que essa pandemia passe, que as crianças possam ir para a escola o ano todo e que as pessoas sejam mais unidas”, expressou.

Michele Almeida, de 36 anos, trabalha na área de logística e, portanto, não parou este ano. Enquanto via a filha de 7 anos brincar no parquinho do Paço Municipal, ela contou que, com a falta das aulas presenciais para sua filha, precisou se desdobrar para elaborar uma forma de levá-la junto consigo. “Ela quer aprender a ler, mas por eu trabalhar direto, não tenho esse tempo para ficar incentivando e explicando”, disse.

Sobre a pandemia de coronavírus, mais emotiva, Michele lembrou da morte da mãe pela doença em 2020. A perda ficou marcada na família, que toma todos os cuidados sanitários necessários e, por isso, não teve mais nenhum caso entre os parentes próximos.

Em 2021, a profissional entendeu o valor dos momentos, das pessoas e da união. “Aprendi a valorizar bem mais as pessoas porque é tudo tão rápido. Não teve união neste ano”, lembrou. Michele também espera que a situação pandêmica se normalize para um ano mais próspero. “Que tudo se normalize, tudo volte ao normal. A gente já tirou muitas lições nestes dois anos”, desejou.

Para Gonair Ferreira de Souza, de 57 anos, o ano é sempre bom. “Eu olho muito para o lado da espiritualidade. Eu tenho muita saúde e a família está bem. Não posso responder por todos, mas para minha família o ano foi maravilhoso”, elogiou, com um sorriso no rosto.

Seu neto, de 22 anos, e seu filho, de 38, foram contaminados pela Covid-19. A recuperação foi fácil e rápida. “Por incrível que pareça, o jeito da minha família viver, a pandemia não mudou nada. A gente se gosta mas é cada um na sua. Eu percebi as outras famílias tentando aprender a ter um novo estilo de vida, mas minha família não precisou disso. Sempre foi assim”, relatou.

Abordado enquanto fazia uma caminhada matinal, “seu” Gonair afirmou que aprendeu muito com o ano de 2021 e espera um 2022 mais saudável. “Para mim é um aprendizado, um desafio. Nós estamos aqui na Terra para vencer barreiras”. Ele continuou: “Minha expectativa é sempre a melhor. Estou aqui caminhando em busca do melhor, que é a saúde.”