A menina, de 12 anos, que estaria sendo estuprada pelo pai, de 35 anos, apresentou mudanças no comportamento após o início dos abusos, conforme o professor da menina. O caso foi registrado no Jardim Harmonia, em Sorocaba, na segunda-feira (13), quando ela conseguiu pedir socorro ao educador por meio de mensagens.

Conforme o profissional, ele observou que sua aluna estava mais introspectiva. "Eu sabia que ela estava triste, mas a gente sempre imagina um milhão de coisas, nunca isso. Eu comecei a suspeitar porque ela não se aproximava muito dos meninos, dormia muito e chorava muito", relembrou.

O professor ainda reiterou que teve conhecimento dos abusos na sexta-feira (10) e desde então, tomou providências junto à escola. "Eu informei e fui orientado pela escola. Estavam tomando as providências por meio do conselho tutelar. Eu decidi que ia procurar o endereço da menina e aconteceu tudo o que aconteceu", disse ele, se referindo ao resgate da estudante na segunda-feira (13).

Sobre as críticas de internautas questionando sua relação com seus alunos, ele esclareceu que tem uma relação de amizade com todos. "Sou descontraído e quando eles querem desabafar eu sempre os ouço. Sou doce com eles". 

 O caso

A menina, de 12 anos, conseguiu pedir ajuda a um professor enquanto era estuprada pelo próprio pai, de 35 anos. O caso ocorreu no Jardim Harmonia, em Sorocaba, na noite de segunda-feira (13). Segundo o boletim de ocorrência, durante o abuso, a vítima mandou mensagens a um educador para pedir socorro.

Ainda conforme o BO, dois professores contaram à polícia que, após não ter ido à escola naquele dia, a aluna mandou mensagens a um deles, relatando estar sendo estuprada pelo pai. Na conversa, ela contou ter sido abusada diversas vezes, tendo o último caso ocorrido na tarde de segunda-feira (13).

Desesperados, os educadores foram até o endereço da menina. Quando estavam na rua da casa dela, viram uma viatura da Polícia Militar que fazia patrulhamento, acionaram os policiais e lhes contaram tudo. Os PMs perguntaram a populares o número da residência da vítima e se digiram até lá. No imóvel, foram atendidos pelo pai da garota.

Ao ser abordado, o homem resistiu à prisão e tentou voltar para dentro da casa, tendo de ser algemado. Logo após, a vítima saiu da casa, chorando, e foi conversar com os professores. Ela reafirmou as violências sexuais sofridas. Questionado, ele negou as acusações. No momento do crime, a mãe da criança estava no trabalho e foi avisada pela polícia. Além da menina, o irmão dela, também menor de idade, estava na casa.

O homem foi preso e levado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o caso foi registrado. O Conselho Tutelar de Sorocaba foi acionado e encaminhou a menina ao Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci), para ser ouvida por profissionais especializados. Posteriormente, foi levada ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), para a realização de exames.