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Produtos para ceia estão 27% mais caros

Carnes são os alimentos que tiveram a maior alta no preço, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia

10 de Dezembro de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Consumidor precisa ficar atento às promoções e pesquisar preços se quiser economizar.
Consumidor precisa ficar atento às promoções e pesquisar preços se quiser economizar. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (9/12/2021))

A comemoração do Natal em 2021 será especial para muitas famílias, que vacinadas contra a Covid-19, irão poder ceiar juntos depois de quase dois anos de pandemia. Porém, será preciso pesquisar bastante nos supermercados e aproveitar as promoções porque os alimentos que compõem a cesta natalina estão mais caros em relação ao ano passado. Itens analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), típicos da época, estão até 27% mais caros do que no mesmo período de 2020. A inflação oficial, medida pelo IPCA, no acumulado de 12 meses até outubro é de 10,67%.

Nos supermercados de Sorocaba, por exemplo, os corredores exibem praticamente todos os produtos mais comprados nesta época do ano para as festas de Natal e Ano Novo. Alguns consumidores preferem fazer as compras dos principais produtos com antecedência, e outros deixam mais para a última hora, principalmente com o objetivo de encontrar boas promoções.

Segundo a pesquisa, as carnes, tão presentes nas ceias de Natal e Ano Novo, são os alimentos que tiveram a maior alta no preço. O frango lidera o ranking com aumento de 27,34% no preço, em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o consumidor, a opção é escolher outras carnes, que subiram menos. Conforme o levantamento, a carne bovina sofreu aumento de 18,68%. Já o bacalhau (7,98%), o lombo suíno (6,48%) e o pernil suíno (3,44%) também tiveram aumentos.

Geralmente usado nas saladas e até na maionese para as ceias, o ovo também sofreu aumento de preço, e foi de 20%. Os vinhos e espumantes, muito procurados nesta época de festas também estão mais caros: subiram 7,77% em relação ao mesmo período de 2020.

Dos itens analisados pela pesquisa, somente o arroz teve queda no preço (-4,25%).

Nem o tradicional panetone, tão comum nas festas de Natal e Ano Novo, escapou. De acordo com levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o panetone está 25,96% mais caro do que no ano passado. Nos supermercados, com uma grande variedade de marcas, há preços para todos os bolsos, com os mais baratos a partir de R$ 7 e os mais caros chegando a quase R$ 90.

Consumidora está pesquisando

Em um supermercado na Árvore Grande, em Sorocaba, ontem (9), à tarde, consumidores já pesquisavam os preços dos produtos típicos das ceias de Natal e Ano Novo, que estão expostos nos corredores.

A artesã Lucilene Mainardes, 40 anos, sempre compra frango para a ceia de Natal e percebeu que o preço subiu. “Eu gosto do chester, todo ano compro, mas o preço está mais caro que o ano passado”, conta. Ela afirma que gosta de comprar os itens da ceia de Natal com antecedência e não deixar para a última hora. “Os alimentos, de um modo geral, subiram ao longo do ano, e caso não apareça nenhuma boa promoção, vou ter que pagar mais caro pelo frango, infelizmente”, aponta.

Lucilene também costuma comprar vinhos, panetones, frutas, entre outros produtos. “O vinho também subiu. No ano passado paguei R$ 15 e agora já está R$ 23 a garrafa”, aponta a consumidora.

Supermercados estão otimistas

Apesar dos aumentos, os supermercados estão otimistas com as vendas de Natal e Ano Novo, por conta do 13º salário e do Auxílio Brasil. A previsão é que ambos injetem R$ 1,6 bilhão na economia paulista, aumentando em 3,5% o poder de compra das famílias, estima o setor.

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas (FIPE), indica uma ampliação de 0,25% nas vendas do setor supermercadista em dezembro.

Já uma pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que empresários do setor (52%) tem a expectativa de alta do consumo, e outros (39%) afirmam que as vendas devem ficar no mesmo patamar e 9% que ficará inferior em relação ao mesmo período do ano passado. (Ana Cláudia Martins)