Cesta básica sorocabana sobe pelo quinto mês seguido, aponta pesquisa

Dos 34 itens pesquisados, 19 deles apresentaram aumento no preço. Entre os itens que apontaram maior aumento está a batata: 41,83%

Por Ana Claudia Martins

A batata passou por altas consecutivas de setembro/22 a janeiro deste ano, mas em fevereiro os preços cederam na maioria das Ceasas

O preço da cesta básica sorocabana teve o quinto aumento seguido em 2021 e ficou 0,94% mais cara para consumidor em outubro de 2021, quando comparado com o mês anterior, ou seja, setembro deste ano. O preço da cesta passou de R$ 978,21, para R$ 987,37, ou seja, R$ 9,16 pagos a mais pelo consumidor. No mês passado, a batata foi o item que mais subiu: 41,83%.

Os dados da pesquisa são divulgados pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade de Sorocaba (Uniso), sob coordenação dos professores e pesquisadores Lincoln Diogo Lima e Renato Vaz Garcia.

Já quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (outubro/2020), o preço da cesta básica aumentou 23,68%, ou seja, R$ 189,10 a mais. A alta do preço da cesta básica em outubro de 2021 (0,94%) foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 1,20%. No acumulado do ano, tanto a cesta básica quanto o IPCA-15 apresentaram alta de, respectivamente, 11,96% e 8,30%.

Em 2021, o valor da cesta básica iniciou o ano registrando queda, interrompendo, assim, a trajetória de forte alta verificada nos últimos cinco meses de 2020. No entanto, nos meses seguintes, o seu custo voltou a apresentar tendência de alta, ainda que em alguns meses tenha registrado queda, atingindo assim o seu maior patamar em outubro deste ano (R$ 987,37).

Os grupos de produtos que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em outubro de 2021, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (1,13%), limpeza (-0,57%) e higiene pessoal (-0,44%) (Gráfico 2). ). E os produtos que mais contribuíram para essa variação foram: a carne de 1º, a batata, o papel higiênico, o açúcar refinado e a linguiça fresca.

Produtos mais caros

Também no mês passado, os produtos que tiveram os maiores aumentos de preços foram: a batata (41,83%), o papel higiênico (27,41%), o achocolatado (8,03%), o açúcar refinado (6,67%) e o vinagre (5,53%).

Dos 34 itens pesquisados na cesta básica sorocabana, 19 deles apresentaram aumento no preço. Entre os itens que apontaram maior aumento está a batata (41,83%), passando de R$ 3,61 (o quilo) em setembro para R$ 5,12 em outubro. O principal motivo para isso é a redução da oferta do tubérculo, devido ao fim da safra de inverno e ao clima adverso, que prejudicou a colheita em algumas grandes regiões produtoras de batatas.

O segundo item que registrou maior aumento em seu valor, 27,41%, foi o papel higiênico (pacote com 8 unidades). Com o resultado de outubro, o papel higiênico apresenta a sua quinta alta de preço consecutiva.

Em seguida, o achocolatado foi o terceiro item com maior aumento (8,03%), passando de R$ 5,98 (pote de 400 gramas) em setembro para R$ 6,46 em outubro. O aumento dos custos de produção é a principal explicação para a elevação do valor de ambos os produtos.

Por sua vez, o açúcar foi o quarto item que apresentou maior elevação de custo (6,67%). Cotado a R$ 4,16 (o quilo) em outubro ante R$ 3,90 em setembro, o açúcar é o segundo item da cesta básica com maior alta acumulada no ano (45,04%).

Ao longo do ano de 2021, apenas em abril o açúcar não apresentou elevação de preço. Vários são os motivos para explicar essa tendência de alta no preço do produto, entre eles: a menor produção e o bom desempenho das exportações por causa do câmbio desvalorizado e da elevação da sua cotação internacional, o que tornou mais vantajoso para o produtor direcionar parte significativa da sua produção ao mercado externo em detrimento do mercado doméstico.

Queda de preço

Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores quedas foram: o absorvente (-15,22%), o sabonete (-12,31%) os ovos (-5,79%), o detergente (-5,24%) e a muçarela fatiada (-4,50%). (Da Redação)