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Pandemia

Cidades da RMS pretendem flexibilizar uso de máscara em locais abertos

Prefeitura de Sorocaba diz que vai seguir a orientação do Estado e liberar o uso de máscara em locais ao ar livre

29 de Novembro de 2021 às 19:20
Ana Claudia Martins [email protected]
Sorocaba vai seguir determinação do Estado e vai flexibilizar uso de máscaras a partir de 11 de dezembro
Sorocaba vai seguir determinação do Estado e vai flexibilizar uso de máscaras a partir de 11 de dezembro (Crédito: Fábio Rogério / Arquivo JCS (21/8/2020)

As 27 cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) poderão seguir a orientação do Plano São Paulo e flexibilizar o uso de máscara em locais abertos, no mês que vem. A orientação foi definida na tarde desta segunda-feira (29) durante reunião da RMS, com prefeitos dos municípios da região. Porém, somente cinco prefeitos participaram da reunião, que ocorreu de forma remota.

A Prefeitura de Sorocaba já havia informado, na semana passada, que deverá seguir a orientação do governo estadual e liberar o uso em locais ao ar livre. No entanto, a cidade não participou da reunião.
O anúncio da liberação do uso de máscara em locais abertos, a partir do dia 11 de dezembro, ocorreu na semana passada e foi feito pelo governo estadual, durante coletiva de imprensa sobre atualização do Plano São Paulo.

Durante videoconferência, os prefeitos e representantes que participaram decidiram que vão seguir as orientações do Plano São Paulo, do governo estadual, que determina, a partir do dia 11 de dezembro, a flexibilização do uso de máscaras ao ar livre.

A presidente da RMS e prefeita de Itapetininga, Simone Marquetto, conduziu a reunião virtual com o diretor da Agência Metropolitana de Sorocaba (AGEM), Anselmo Neto, além do diretor Adjunto da AGEM, Márcio Tomazela, e prefeitos e representantes da região.

Estavam presentes na reunião remota os prefeitos de Capela do Alto, Péricles Gonçalves; de Araçoiaba da Serra, José Carlos de Quevedo Júnior; de Cesário Lange, Ronaldo Pais de Camargo; de Jumirim, Daniel Vieira, e de Tietê, Vlamir de Jesus Sandei. A cidade de Itu também estava representada.

Segundo o diretor Executivo da AGEM, Anselmo Neto, o Conselho da RMS é formado pelos prefeitos e prefeitas das 27 cidades, porém, as decisões tomadas, em consenso, não tem o poder de obrigar nenhum prefeito a segui-las. “São direcionamentos para quem todas as cidades procurem seguir uma mesma estratégia de trabalho”, afirma Anselmo Neto.

Infectologista afirma que “ainda é cedo”

Para o infectologista Robert Fabian Crespo Rosas, professor do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, o momento ainda não é oportuno para flexibilizar o uso do item de proteção.

Para o infectologista, a decisão de liberar o uso de máscara em locais abertos pode impactar na disseminação da Covid-19 no Estado. “Isso é possível, sim. Principalmente se as pessoas começarem a ficar sem a máscara e se mantiverem aglomeradas. Estamos às vésperas do final do ano, quando é comum em várias cidades acontecer reuniões com grande número de público e, justamente por serem ao ar livre, não precisariam usar máscara. Apesar desse detalhe de estar ao ar livre, isso não previne totalmente a possibilidade de contrair a doença”, alerta o médico.

Robert Fabian disse ainda que já foi descrito em estudos prévios que o fato de estar perto de uma pessoa infectada pode ser prejudicial pois, mesmo sendo assintomática, ela elimina no ambiente cerca de 200 partículas virais por minuto até mesmo se ficar calada.

“Se começar a falar, essa quantidade de partículas eliminadas tende a ser quatro ou cinco vezes maior. Portanto, essa medida sem dúvida vai provocar alguns problemas e nós temos exemplos práticos que afirmam isso, como foi o caso da liberação do uso de máscaras em locais abertos na Europa”, destaca o infectologista.

Ele aponta ainda que atualmente vários países estão com grande número de pessoas infectadas novamente. “Muitas delas em estado grave, e somado ao fato de a população desses países não ter tomado a vacina corretamente, visto os baixos índices de vacinação naquela região, o que tem gerado novas ondas de infecção pelo coronavírus”, ressalta. (Da Redação)