Pessoal do CET São Guilherme reivindica pagamento

Conforme funcionários, não foram efetuados os pagamentos referentes ao mês de setembro

Por Marcel Scinocca

Centro de Estabilização funcionou no PA São Guilherme para atender pacientes de Covid

Funcionários da Organização Social Associação Brasileira de Educação e Saúde (Abrades) reclamam que levaram calote da instituição que até o mês passado era a responsável pelo Centro de Estabilização (CET) do São Guilherme, na zona norte de Sorocaba. Uma reunião sobre o assunto chegou a ocorrer no sábado, dia 9, com a participação da Prefeitura de Sorocaba. A entidade teria pedido aumento de R$ 3 milhões no valores repassados.

Conforme funcionários, não foram efetuados o pagamento referente ao mês de setembro, o último trabalhado. Além disso, eles também não teriam recebido as verbas rescisórias do contrato. “Eu não estou passando fome, apesar de meu marido estar em casa com câncer. Tem gente em situação pior que a minha”, reclama uma das profissionais. “Tem gente que teve até AVC por causa dessa situação. A gente não sabe o que fazer”, acrescenta.

Uma reunião com parte dos empregados foi realizada no sábado. O encontro contou com ao menos 22 profissionais da unidade. “Nós também ficamos com medo, nós também tínhamos receio de levar o vírus para nossas famílias. Estávamos na linha de frente. Não é justo nem certo o que está acontecendo”, reclamou um dos participantes da reunião.

A Prefeitura de Sorocaba informou que está acompanhando o caso de perto e fará tudo o que estiver ao seu alcance, dentro da legalidade, para que nenhum colaborador da Abrades fique desassistido.

"Em reunião realizada, no sábado (9), com colaboradores que prestam serviço à Abrades e o sindicato da categoria, ficou acertado que a Secretaria da Saúde (SES) notificará a Abrades por falta de pagamento aos colaboradores da Associação", diz.

"A Abrades, então, tem até o dia 21 de outubro para entregar toda a documentação comprobatória e a SES analisará os documentos. Mesmo que não sejam funcionários contratados de forma direta pela Prefeitura, mas pela empresa terceirizada, o prefeito Rodrigo Manga determinou que se encontre uma solução legal e não permitirá que esses colaboradores fiquem sem receber os seus direitos", acrescenta o Executivo.

Milton Sanches, da instituição que representa a categoria de profissionais, afirmou que o pedido da Abrades foi de mais R$ 3 milhões. “Mais uma vez os trabalhadores perdem”, avalia. A Abrades não se manifestou até o fechamento desta edição. A instituição teria recebido mais de R$ 20 milhões pelos meses que atuou no local.