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Sorocaba

Candidato à presidência da OAB visita o Cruzeiro

21 de Outubro de 2021 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
Advogado Mário de Oliveira Filho concorre ao cargo na OAB estadual.
Advogado Mário de Oliveira Filho concorre ao cargo na OAB estadual. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (20/10/2021))

O advogado Mário de Oliveira Filho, candidato à presidência estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), esteve em Sorocaba, ontem (21). Ele visitou o jornal Cruzeiro do Sul, onde deu entrevista tratando de vários temas, incluindo o pleito. Ele é especializado na advocacia criminal, área que atua desde 1979, com participação em casos conhecidos, como a Lava Jato

Caso vença a eleição, Oliveira Filho tem uma lista de prioridades para realizar. Uma delas é com relação a forma de pagamento feito pelo Estado para os advogados que atuam nas cidades onde não há Defensoria Pública. Conforme ele, nesses casos, são contratados advogados, entretanto, eles recebem apenas 2% do que é cobrado pela tabela da OAB. Segundo ele, faltou força e atuação da entidade na defesa de seus associados.

“Vamos tentar com todas as tratativas. Não deu resultado, vamos parar o Estado de novo. Disso, não tenha a menor dúvida”, diz, se referindo ao episódio onde os advogados que atuavam para o Estado de São Paulo deixaram de prestar atendimento nesses processos, décadas atrás. “Para fazer isso, é preciso ter um líder, uma pessoa que entenda do que está fazendo, e não de uma aventureiro”, afirma. “O Estado usa o advogado, não paga e dá uma esmola”, critica.

Essa não é a única prioridade. Conforme ele, em caso de vitória, uma lista de 27 prioridades deverão ser trabalhadas. Nesse lista está a questão da proibição da reeleição para a seccional. “O que faz a roda girar é a oxigenação do poder”, argumenta. “Nas subseções é válido, na seccional, não”.

Outro ponto defendido como prioridade é a extinção do papel nos processos da OAB. “Informatização total, sem papel”, garante. Ele ainda cita, nesse aspecto, a intenção de que as eleições, após esse ano, sejam totalmente on-line. “É um absurdo em meio a uma pandemia, o advogado ser obrigado a votar presencialmente”, diz. A residência em advocacia também é uma das suas metas.

Ele ainda reclama de alguns benefícios, como o auxílio funeral, que foram extintos ou perderam a relevância. Sua primeira ação, caso vença as eleições, será a implementação de uma auditoria e rastreamento. Nós queremos saber onde é que está o dinheiro”, afirma. “É uma coisa de mais de R$ 400 milhões por ano.” Oliveira Filho reclama da maneira com as necessidades da advocacia são tratadas e defende ainda uma reestruturação nos trabalhos e a redução dos custos da entidade.

Oliveira Filho fundou a primeira escola de advocacia do Brasil. Ainda atuou como presidente da seccional de São Paulo da Ordem, ouvidor e presidente da Comissão Nacional de Direitos das Prerrogativas. Também participou da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).

Durante a visita, ele esteve acompanhado dos advogados Américo de Carvalho Filho, Ricardo Lopes de Oliveira e Paulo Horta, que também compõe a chapa.

Além de Oliveira Filho, concorrem à presidência da OAB São Paulo. Caio Augusto Silva dos Santos, Alfredo Scaff Filho, Dora Cavalcanti e Patrícia Vanzolini. As eleições da OAB-SP estão marcadas para o dia 25 de novembro, das 9h às 17h. (Marcel Scinocca)