O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, disse na manhã desta quarta-feira (13), em entrevista ao Jornal da Cruzeiro, da Cruzeiro FM 92,3, que a Operação Delegada deverá voltar até a última semana de novembro. Segundo Manga, o contrato está sendo analisado pelo governo estadual e custará aos cofres públicos municipais cerca de R$ 1,6 milhão por ano.

A Operação Delegada é realizada por meio de um convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado, para que agentes da Polícia Militar reforcem o policiamento na cidade durante suas folgas.

A intenção da Prefeitura de Sorocaba é de que o município tenha à disposição, em média, 15 policiais militares por dia, atuando na Operação Delegada. Um reforço ocorreria nos fins de semana, com 20 policiais ao dia, em 10 viaturas. "Seria um ganho extra para intensificar, sobretudo, as operações especiais", informa o município.

Além disso, uma das sugestões é que os turnos de trabalho sejam de 8 horas por dia, com intervalo mínimo de 12 horas entre suas ocupações oficiais. A Prefeitura de Sorocaba efetuaria o pagamento por meio do Estado, mas os policiais utilizariam toda a estrutura estadual, como se estivessem em escala normal de trabalho.

Conforme o prefeito Manga, os policiais militares, junto com o trabalho já realizado nas ruas da cidade pela Guarda Civil Municipal (GCM), irão ajudar no patrulhamento nas ruas, nas rondas ostensivas, nos chamados pancadões, para coibir aglomerações, para monitorar os prédios públicos municipais, com atuação em todas as regiões de Sorocaba.

"O projeto já está sendo analisado pelo governo estadual e só estou aguardando que o Estado envie de volta para que eu assine. Então, a previsão é que os policiais militares já estejam atuando nas ruas até a última semana de novembro", destaca o prefeito.

Manga disse ainda que o município já possui o recurso disponível para assinar o contrato, que vale também para todo o ano de 2022. "Já conseguimos o recurso, e ele já está no caixa do município e é para até o final de 2021 e para todo o ano que vem, podendo ser renovado", aponta o chefe do Executivo.

'Portais de Dubai'

Além da volta da Operação Delegada, o prefeito Rodrigo Manga anunciou ainda que a cidade deverá ter em breve portais eletrônicos, com tecnologia de ponta e inteligência artificial, para identificar todos os veículos que entram e saem da cidade.

De acordo com Manga, os 'portais futurísticos de Dubai" serão instalados nas entradas da cidade e irão identificar todo veículo que entrar e sair de Sorocaba. "Qualquer pessoa que vier pra cá e praticar furtos, ao sair da cidade de veículo, será identificado pelos portais. O projeto já está sendo finalizado, e acredito que dentro de 15 dias deverá estar finalizado", aponta Manga.

Votação na Câmara

O projeto de lei que trata do convênio entre a Prefeitura de Sorocaba e o governo estadual, para a volta da Operação Delegada, deverá ser votado, em sessões extraordinárias, nesta quinta-feira (14), na Câmara de Sorocaba. De autoria do Executivo, a proposta autoriza o município a celebrar convênio com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), para a volta da Operação Delegada, com atividades municipais de fiscalização. 

Na exposição de motivos, o Executivo informa que o município encontra dificuldades nas ações de fiscalização, por conta do reduzido quadro de pessoal. Por isso, necessita celebrar convênio com a Polícia Militar para implementar o programa chamado de Operação Delegada.

Sorocaba já teve

A cidade já teve a Operação Delegada por quase dois anos. A atividade teve início em Sorocaba em abril de 2013 e o contrato foi encerrado em fevereiro de 2017, pelo ex-prefeito José Crespo. Na ocasião, Crespo alegou que não fazia sentido a Prefeitura de Sorocaba pagar por um serviço cuja atribuição é do governo estadual.

Efetivo

A administração municipal tem por objetivo manter à disposição 14 policiais militares por dia, atuando na Operação Delegada, além de todo o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM). Seriam 420 PMs, por mês, mais 15 comandantes.

A Prefeitura efetuaria o pagamento dos profissionais com recursos do Estado, e os policiais utilizariam toda a estrutura do Estado, como se estivessem em escala normal de trabalho.

Em geral, os profissionais da Atividade Delegada atuariam em ações de fiscalização, inclusive de trânsito e de proteção do patrimônio público, podendo, ainda, ser direcionados para outras atividades de interesse da administração municipal, visando à otimização da segurança pública e do atendimento de serviços aos cidadãos.

Já, o projeto de instalação de portais tecnológicos de última geração está em fase de elaboração, com a definição de layout e dos pontos de localização, nos principais acessos de entrada da cidade.

Cada portal seria equipado, ainda, com câmeras de videomonitoramento de última geração. A proposta é de que toda a ação seja executada pelo Poder Público, em parceria com a iniciativa privada, por meio de medida mitigadora. (Da Redação)