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Sorocaba

Frio faz zoo redobrar cuidados com os bichos

Tempo gelado requer ações especiais da equipe do Quinzinho

30 de Julho de 2021 às 00:01
Wilma Antunes [email protected]
Conforme a bióloga Luana Longon Roca, alimentação dos animais é reforçada.
Conforme a bióloga Luana Longon Roca, alimentação dos animais é reforçada. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/7/2021))

Com a chegada do inverno, a atenção para a saúde dos animais precisa ser redobrada. Algumas espécies, como os répteis e os animais que habitam locais quentes, tal como as florestas tropicais, demandam cuidados especiais para enfrentar as baixas temperaturas em segurança. Isso requer da equipe técnica do Parque Zoológico Municipal de Sorocaba Quinzinho de Barros (PZMQB) algumas ações para garantir que os animais passem pelo período de frio intenso da melhor maneira possível.

A bióloga do zoo Luana Longon Roca enumera as ações feitas para diminuir a sensação de frio dos animais, como: reforço da alimentação; instalação de quebra-ventos; distribuição de cobertores; e colocação de feno e aquecedores nos recintos, entre outras. “Os macacos, por exemplo, recebem alimentação reforçada. Neste período, eles comem mais porções de castanhas-do-pará, milho, coco e pinhão. Em algumas das bolinhas de ração, incorporamos alho, que contém propriedades para aumentar a imunidade deles”, conta.

E não são somente os macacos que ganham porções extras de comida durante o inverno. Os veados, papagaios e outros animais que precisam gastar mais energia para manter a temperatura corpórea também recebem uma alimentação mais calórica. Até mesmo chá morno está incluído na dieta para garantir o bem-estar dos animais.

No serpentário, aquecedores e lâmpadas geram calor. - FÁBIO ROGÉRIO (22/7/2021)
No serpentário, aquecedores e lâmpadas geram calor. (crédito: FÁBIO ROGÉRIO (22/7/2021))

O serpentário é outra área que recebe bastante atenção no inverno. Isso porque os répteis são animais ectotérmicos, ou seja, que dependem de uma fonte externa de calor para manter a temperatura de seus corpos. Para manter o clima ideal, que varia de 24ºC a 27ºC, são colocados aquecedores e lâmpadas infravermelhas de aquecimento. Além disso, pedras aquecidas também são posicionadas nos aquários.

As gaiolas onde ficam os papagaios agora têm pequenas camas de serragem e cortinas feitas de lonas -- que são fechadas no fim da tarde e reabertas no início da manhã -- para proteger as aves do vento frio. Já o recinto de alguns primatas recebe os quebra-ventos, além de cobertores para os animais se protegerem do frio. As placas de madeirite impedem que a corrente de ar gelado invada os ambientes e cause incômodo.

A bióloga salienta que os problemas de saúde que os primatas apresentam durante o frio são semelhantes aos dos seres humanos. “Eles são bem parecidos com a gente. Podem ser infectados com gripe e resfriado. Com essa pandemia de Covid-19 é importantíssimo que a equipe fique atenta”, diz Luana.

Reabilitação

Os cuidados especiais neste tempo gelado se estendem aos animais em reabilitação na veterinária do zoológico. Eles recebem atenção redobrada, incluindo aquecedores para mantê-los confortáveis e protegidos do frio.

“No geral, a alimentação é reforçada e os ambientes adaptados para garantir o conforto e bem-estar. Todos os funcionários do zoológico ficam atentos a possíveis mudanças de comportamento dos animais, principalmente questões relacionadas a saúde.” (Wilma Antunes - programa de estágio / Supervisão: Eric Mantuan)

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