Sorocaba, assim como todo o Estado de São Paulo permanece na transição entre a fase vermelha e a fase laranja do Plano São Paulo de reabertura econômica. Neste sábado (24), começa a segunda etapa desse processo, o que permite o retorno gradual e ampliação de algumas atividades, incluindo restaurantes, bares e academias. O novo período de transição vai até o dia 30. Essa etapa de transição foi iniciada em 18 de abril.

Glauco Bianchini, dono de restaurante, tem boas perspectivas com relação ao novo momento, depois de todo o período de fechamento. “A expectativa é de que gente possa reabrir e não fechar mais. Não dá para ficar nesse abre e fecha”, comenta. “Você tem despesas fixas, como salário e aluguel. É muito complicado você honrar tudo isso. A folha de pagamento você não pode deixar de pagar. Meus funcionários não ficaram sem receber, mas isso acaba com o capital. Se a gente não reabrir logo, sabe se lá o que pode acontecer”, diz em tom de desabafo.

Apesar do alívio, ele também reclamou do percentual para abertura, que é de 25% de ocupação. “É muito pouco, não paga a operação, mas ameniza o prejuízo. Hoje tenho que pagar os funcionários sem estar faturando. Mais uma vez, ele reclamou da falta de apoio do governo. “Esse ano, até agora nada. A gente está às cegas”, diz. “Que a vacinação avance para que a gente tenha o mínimo de segurança”.

O empresário também lembrou que as práticas ou protocolos, como uso de álcool em gel, são procedimentos em seu estabelecimento desde 2018. “Tenho a expectativa de que as coisas engrenem, e é a estabilidade sanitária que vai dar a segurança financeira”, conclui.

Outra opinião

“Estamos preparados e ansiosos. Lembrando que é a grande a preocupação devido a essas variantes da Covid 19. Porém se tomarmos todos os cuidados necessários respeitando as normas, vamos conseguir pagar algumas contas”, brinca o empresário Douglas Galvão. “Eu e minha esposa, desde o início da pandemia, não deixamos de trabalhar; pelo contrário, trabalhamos até mais”, diz.

Segundo ele, a redução de gastos para encontrar o melhor preço, vender o carro para pagar as contas, muita divulgação e propaganda e reformas para continuar atendendo bem estão entre as estratégias tomadas pela empresa. Além do atendimento presencial, com 25% da capacidade, o local vai manter o delivery e o processo de retirada.

Academias

As academias também poderão funcionar, conforme a nova fase de transição. “Estamos nos organizando para reabrir, mas o sentimento é de revolta. O Plano São Paulo não respeita a questão da ciência. As academias estão fechadas sem o mínimo de coerência”, comenta Vladimir Godoi, que é empresário do setor e um dos diretores da Associação dos Profissionais de Educação Física de Sorocaba (Apefis).

Ele cita que a prática de atividade física é altamente segura e fala em estudos que mostram o bem que as atividades provocam. “A nossa luta e a nossa revolta é que as academias deveriam ser tratadas de outra forma. Cerca de 34% das pessoas que fazem atividade física sequer chegam a ser internadas por Covid”, garante.

Vladimir Godoi ainda afirma que o decisão foi política. “Começamos na semana que vem, mas ainda temos esse sentimento de revolta. Estamos preparados desde o ano passado, com mais de 42 protocolos de segurança”, diz.

Ele ainda afirma que os estabelecimentos que não respeitam esses protocolos devem ser denunciadas. “São maus profissionais”, afirma. Godoi ainda lamentou as academias que fecharam em Sorocaba com toda a situação, incluindo algumas tradicionais da cidade.

Restaurantes e similares podem funcionar entre 11h e 19h, assim como as atividades culturais. No caso das academias, o horário será das 6h às 11h e das 15h às 19h. (Marcel Scinocca)