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MP vai analisar a situação do pontilhão da rua Professor Toledo, em Sorocaba

01 de Fevereiro de 2019 às 08:29
Ana Claudia Martins [email protected]

Morador do Zulmira quer posicionamento do MP sobre estrutura. Foto: Emídio Marques

Luiz Antônio Feitosa, morador do Jardim Zulmira, protocolou na terça-feira (29) no Ministério Público em Sorocaba um ofício sobre a situação do pontilhão ferroviário da rua Professor Toledo, no Trujillo. Como a reportagem do Cruzeiro do Sul mostrou ontem, o pontilhão apresenta desgastes e até desnível em sua estrutura. A empresa responsável, Rumo ALL, disse que vai fazer reparos no trecho na semana que vem. O pontilhão, que permite a ligação do Centro com o Trujillo e bairros das zonas norte e oeste, fica em uma região bastante movimentada da cidade e embaixo dele passam centenas de veículos diariamente, além de pedestres. A preocupação do munícipe é evitar que algum incidente ocorra, já que o pontilhão também fica bem próximo a saída lateral do Sorocaba Shopping.

“Levei para conhecimento do MP porque o local é bastante movimentado e como sou leigo no assunto é necessário que seja feita uma avaliação técnica das condições do pontilhão. É melhor sabermos de fonte segura se a estrutura do pontilhão é segura e assim evitar acidentes, que ocorrem por imprudência. Até se uma pedra cair da linha e atingir um carro ou uma pessoa embaixo já é perigoso”, afirma Feitosa.

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O Cruzeiro do Sul entrou em contato com o Ministério Público para saber qual foi o encaminhamento dado ao protocolo do morador. Em nota, a assessoria de comunicação disse que o procedimento foi recebido pela Promotoria de Justiça de Sorocaba e ainda será distribuído.

Os problemas no pontilhão teriam começado em 2013. Foto: Cortesia

Praça Lions

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o pedido de interdição do pontilhão ferroviário da praça Lions, feito pela Prefeitura de Sorocaba, será encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para conhecimento e providências pela Agência Reguladora. “Cabe à ANTT avaliar a necessidade ou não de interdição do trecho ferroviário”, disse o órgão em nota. Após vistoria da situação do pontilhão, que apresenta rachaduras e ferragem à mostra na estrutura de concreto, na segunda-feira (28) a Prefeitura decidiu enviar o pedido de interdição do trecho ferroviário, sem impedir o tráfego de veículos embaixo do pontilhão, ao Dnit. A vistoria da Prefeitura concluiu que a estrutura do pontilhão não corre risco de queda ou colapso iminente, desde que não haja tráfego pesado sobre ela. Porém, no pedido foi dado prazo máximo de cinco dias corridos para que o Dnit faça a interdição.

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Segundo o órgão, no caso de ferrovias concedidas ou de ramais privados operados pelas concessionárias ferroviárias, o que é o caso, cabe à ANTT a atribuição de fiscalizar e verificar as condições técnicas da infraestrutura ferroviária, podendo, inclusive, interditar o trecho quando necessário, não cabendo ao Dnit tomar essa medida. “Segundo informações adquiridas junto a operadora Rumo, o trecho é referente a um ramal privado, de propriedade da empresa Votorantim, mas que, ainda assim de forma colaborativa, a Rumo realizou vistoria técnica, laudos e se disponibilizou a tratar do problema junto à Prefeitura na próxima semana”, diz nota do órgão federal.