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Mortalidade infantil em Sorocaba tem índice menor que a média estadual

06 de Dezembro de 2019 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]

Mortalidade infantil é menor que no Estado Prefeitura destaca ações de programas no pré-natal e após parto para melhores resultados. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (8/11/2011)

O indicador de mortalidade infantil em Sorocaba no ano de 2018 atingiu o índice de 10,3 mortes a cada mil nascidos vivos. A taxa da cidade foi menor que as médias do Estado de São Paulo (10,7) e da Região Metropolitana de Sorocaba (12,3). Sorocaba também ficou próxima de atingir o valor do indicador aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é abaixo de 10 mortes por mil nascidos vivos. Porém, o índice de 2018 (10,3) é pouco superior ao de 2017 (10,1). Em 2016, o número foi de 10,7, ou seja, maior ainda. Os dados foram divulgados na quarta-feira (4) pela Fundação Seade, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo.

Para a Secretaria da Saúde (SES) da Prefeitura de Sorocaba, a cidade vem apresentando um declínio importante desde 2014, quando o índice foi de 12,4 mortes de crianças a cada mil nascidas vivas. Questionada em relação à diferença no índice de 0,2 no ano de 2018 em comparação a 2017, a SES informou que está em contato com a Fundação Seade para a revisão e verificação do banco de dados da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba (SIM/Sinasc) em comparação com os dados da Seade do ano de 2018. Caso essa revisão demonstre que os dados do governo municipal estão corretos, Sorocaba poderá reduzir o índice e a Seade fará a correção.

A taxa de mortalidade infantil reflete a condição dos serviços de saúde, de moradia, nutrição, educação, fatores socioeconômicos, o que justifica a extrema importância do indicador na avaliação das condições de vida de uma população, podendo ter interferência de fatores biológicos, socioeconômicos e assistenciais.

Outro patamar

Segundo o secretário da Saúde, Ademir Watanabe, o índice de mortalidade infantil em Sorocaba mudou definitivamente de patamar graças aos resultados de uma série de programas, ações e serviços específicos disponibilizados pelos setores público e privado de saúde, para o atendimento às mulheres desde o início da gravidez, bem como às crianças ao longo dos meses sequentes aos nascimentos.

Mortalidade infantil é menor que no Estado Secretário Ademir Watanabe. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (27/9/2019)

O secretário afirma ainda que as principais causas de mortalidade infantil estão relacionadas às doenças originadas no período perinatal (consequências da prematuridade) e que, por isso, são fundamentais as ações da Atenção Básica nos municípios brasileiros. “Em Sorocaba, a Prefeitura ampliou a Estratégia de Saúde de Família, aumentando de 16 para 44 as Equipes de Saúde de Família (ESF), além de 5 para 13 as Unidades de Saúde da Família e mais uma equipe de agentes comunitários de saúde (EACS). Isso fez com que a cobertura do serviço subisse de 9% para 20% da população, com foco em áreas com maior vulnerabilidade, o que significa melhoria na vigilância e cuidado materno-infantil”, disse.

De acordo com a SES, com o aumento das Equipes de Saúde de Família, foi possível intensificar ações territorializadas como os cuidados na gestação; orientações quanto à importância do correto seguimento de todas as consultas e exames de pré-natal; visitas domiciliares aos recém-nascidos; orientações e cuidados com as crianças; prevenção de acidentes na infância; avaliação da situação vacinal e demais ações que as equipes de saúde da família realizam por conhecerem o seu território e a população de sua microárea, o que possibilita intensificar o vínculo das equipes com as famílias, dentre outros.

Saúde intensifica as ações preventivas

A Secretaria da Saúde (SES) informou que intensificou ações de Educação Continuada e treinamentos de suas equipes multiprofissionais visando ao adequado acompanhamento de gestantes e crianças para o diagnóstico precoce dos agravos à saúde das mães e de seus filhos, com revisão periódica dos protocolos assistenciais.

Este ano, várias ações foram colocadas em prática como capacitação em Assistência Materna; capacitação para os enfermeiros ao atendimento no pré-natal; revisão e implementação dos Protocolo de Vigilância, compartilhada com a Atenção Básica, das gestantes e puérperas que passam em atendimento nas unidades de urgência e emergência e hospitais; intensificação do protocolo compartilhado com a atenção básica, de vigilância dos bebês com menos de 28 dias que passam em atendimento nas unidades de urgência e emergência; intensificação das discussões compartilhadas com os hospitais e atenção básica, coordenadas pelo Comitê Municipal de Vigilância à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal (Grupo Técnico do Comitê); capacitação para os enfermeiros e técnicos de enfermagem para o teste rápido (HIV, sífilis e hepatites); capacitação para os agentes comunitários de saúde em teste de fluído oral para detecção do HIV, e revisão do Protocolo de Infecção Sexualmente Transmissível (ISTs).

A SES afirma que são destaques na atenção materno-infantil alguns programas municipais como o “Pré-natal para Gestantes de Alto Risco”, além dos pré-natais de baixo e médio riscos, que também oferecem atendimento odontológico preferencial e obrigatório para todas as gestantes, além do controle e monitoramento e vigilância das internações de gestantes durante o pré-natal. (Ana Cláudia Martins)

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