Monitoramento da mulher de vítima de arenavírus é encerrado em Sorocaba
A médica infectologista da SES, Priscila Helena dos Santos, e o secretário de Saúde, Ademir Watanabe. Crédito da foto: Alexandre Lombardi / Secom Sorocaba
A Vigilância Epidemiológica de Sorocaba encerrou nesta segunda-feira (3) o monitoramento da mulher que teve contato com a vítima da febre hemorrágica brasileira. Ela é a companheira do morador de Sorocaba que morreu no dia 11 de janeiro em decorrência da doença causada pelo arenavírus.
Segundo a Secretaria da Saúde (SES), a mulher não apresentou sintomas da doença durante o acompanhamento. A companheira foi monitorada por protocolo de prevenção desde o dia 13 de janeiro. O tempo de incubação da doença é de 21 dias, daí o motivo de encerramento do monitoramento.
O caso do morador de Sorocaba foi o primeiro registrado no País em mais de 20 anos. O último registro havia ocorrido em 1999, segundo informações do Ministério da Saúde.
A vítima morava com a companheira na Vila Carvalho, na zona norte da cidade. O paciente estava internado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), inicialmente com suspeita de febre amarela.
Contaminação
Segundo a médica infectologista da SES, Priscila Helena dos Santos, o local exato e a cidade onde o morador se contaminou ainda estão em investigação, mas é praticamente nula a possibilidade de ele ter sido infectado em Sorocaba.
Priscila Helena disse que tudo indica que a contaminação tenha ocorrido em área de zona rural em alguma das cidades onde o morador esteve na região de Itapeva e do Vale do Ribeira. “A transmissão pode ter ocorrido por meio de alimentos contaminados com fezes de roedores silvestres ou ainda por inalação em local com a presença de roedores”, diz.
Sintomas
Segundo o boletim epidemiológico, o homem começou a apresentar os sintomas no dia 30 de dezembro e morreu no dia 11 de janeiro. Nesse período, foi atendido em ao menos três hospitais em Eldorado, Pariquera-Açú e São Paulo, sendo o último o Hospital das Clínicas. Não houve histórico de viagem internacional.
Conforme o Ministério da Saúde, foram realizados exames para identificação de doenças como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika, mas os resultados foram negativos.