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Manga e Jaqueline divergem sobre área para BRT

13 de Dezembro de 2020 às 00:01
Kally Momesso [email protected]

Manga e Jaqueline divergem sobre área para BRT O terreno, comprado pela Prefeitura por R$ 13 milhões, seria destinado à construção da nova Policlínica. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (11/12/2020)

O prefeito eleito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e a atual prefeita da cidade, Jaqueline Coutinho (PSL), demonstraram divergências de opinião sobre área que deve ser utilizada como garagem do BRT. O decreto que foi divulgado na última quinta-feira (10) e permite o uso da antiga garagem da TCS, na avenida Ipanema, como garagem da empresa que opera o sistema BRT da cidade, foi criticado por Rodrigo Manga por meio de live nas redes sociais na manhã de ontem (12).

Durante a live, o prefeito eleito leu a reportagem do jornal Cruzeiro do Sul de ontem (12) e comentou sobre a tentativa do Executivo em instalar a garagem do BRT em 2019, mas que foi barrada pela Câmara. “O Crespo tentou fazer exatamente isso, tirar do hospital e mandar para a garagem do BRT. Eu barrei isso com os vereadores”, relembrou Manga. Ele ainda criticou a postura da atual gestão em “dar uma canetada” sem passar pelo legislativo.

O próximo chefe do Executivo pediu o apoio da população contra a medida. “Tudo que eu for fazer, eu vou fazer junto com vocês”, disse ele. Manga continuou criticando a Jaqueline Coutinho alegando que a decisão não estava prevista em seu plano de governo. “Ela está no cargo de prefeita. (A decisão) é legal, mas não é moral com a população sorocabana”, manifestou o prefeito eleito.

O local foi comprado pela Prefeitura de Sorocaba ainda na gestão do ex-prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), por R$ 13 milhões. Avaliação de 2018 mostrava que o local já valia mais de R$ 20 milhões. Além disso, essa área é utilizada pela Vigilância em Saúde de Sorocaba e seria destinada à construção da nova Policlínica.

Na sexta-feira (11), o Cruzeiro do Sul fez à Prefeitura de Sorocaba uma série de questionamentos, como o valor pago para uso, o local exato da permissão e a estimativa do valor total do imóvel. Quase 24 horas após o envio das perguntas, o Poder Executivo enviou uma nota com os esclarecimentos. Nela, a atual gestão lamentou o uso do assunto para “fins políticos”, sem mencionar Rodrigo Manga. “Tal manipulação das informações corretas, desestabilizam a estrutura social no contexto da prestação dos serviços em saúde aos cidadãos, criando, desnecessariamente, alarde entre os usuários”, afirmou a Prefeitura.

A atual gestão também informou que o uso da garagem da antiga TCS está previsto no contrato do BRT, e que a nova Policlínica deverá ser construída no antigo matadouro. A Prefeitura ressaltou que não é toda a área que será utilizada pelo BRT. “A área frontal do imóvel que faz paralelo com a av. Ipanema e onde, atualmente, funcionam os setores de Zoonoses e de Vigilância Sanitária, se mantém inalterada, assim como aquela destinada à construção da nova Policlínica Municipal de Especialidades”, explicou a nota.

Sobre a onerosidade da permissão, a municipalidade explicou que “compete ao particular a construção da garagem e do centro de operações que, num futuro, se incorporarão ao patrimônio municipal”. Não há previsão de pagamento de aluguel no contrato. Entretanto, o Poder Executivo informou que o contrato poderá ser revisto a qualquer momento.

Já com relação à previsão das obras, o poder público afirmou que segue os termos contratuais. E concluiu dizendo que não a municipalidade não vê “incompatibilidade e/ou riscos entre os equipamentos a serem construídos”, no que diz respeito à poluição. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Eric Mantuan)