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Kermes vai até Brasília para tentar defender sua inocência

18 de Janeiro de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

@Influencers digitais Werinton Kermes. Crédito da foto: Manuel Garcia / Arquivo

 

O jornalista Werinton Kermes, diretor-presidente da TV Votorantim e vice-presidente da Associação Brasileira dos Canais Comunitários (ABCCom), esteve em Brasília na quinta-feira (15). O objetivo era o de protocolar documentos direcionados aos presidentes da Câmara dos Deputados do Brasil, do Senado Federal e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ele esteve na capital federal com o presidente da ABCCom e da Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo (Acesp), Fernando Mauro Trezza. Kermes é um dos indiciados no âmbito da operação de Casa de Papel, deflagrada em abril de 2019 pela Polícia Civil de Sorocaba e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A investigação visava apurar eventuais irregularidades e supostos crimes de corrupção envolvendo agentes públicos da Prefeitura de Sorocaba. Secretários municipais e empresários da cidade foram investigados. Kermes era o titular da Secretaria de Cultura.

Os documentos contêm relatório corresponde à operação policial. que segundo ele, prejudicou tanto a TV Votorantim como a TV COM Sorocaba, ambas comunitárias. Ele afirma que foi envolvido na operação por retaliação política e que as acusações feitas a ele não foram provadas. O jornal Cruzeiro do Sul tratou do tema em 7 de outubro de 2019, quando Kermes foi indiciado e acusou um vereador de Sorocaba -- Hudson Pessini (MDB). Na ocasião, Pessini rebateu as afirmações.

O material possui mais de 100 páginas traz transcrições de entrevistas e afirma “que a operação foi um ato político”, citando o ex-delegado seccional Marcelo Carriel. “Minha luta não é para dizer que não existe culpado nesta história, porque não é o que me interessa. Isto é com a Justiça. É para mostrar que houve um jogo político e uso de poder para se fazer vingança e aumentar este poder, como aconteceu”, acrescentou ontem.

Werinton Kermes e o presidente da ABCCom também prometeram protocolar os documentos no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

MP e Polícia Civil

A promotora de Justiça Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco, comentou a questão. “O Ministério Público recebeu os inquéritos tanto da Operação Casa de Papel além de outros com ele conexo. Estando sendo analisados centenas de documentos e dados de informática apreendidos o que dentro em breve serão feitas as conclusões sobre o envolvimento dos indiciados. Por ora é o que posso falar”, afirma.

O atual delegado seccional, Wilson Negrão, disse que não tinha o que comentar por ainda estar “tomando pé” da situação. Ele ressaltou que os trabalhos foram realizados na gestão anterior. Já o ex-delegado seccional Marcelo Carriel, que comandou os trabalhos, disse que “a investigação está encerrada e concluída” e que não havia nada para comentar. (Marcel Scinocca)