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Jornalismo e fake news são temas de workshop no Cecap

22 de Maio de 2019 às 23:31

Jornalismo e fake news são temas de workshop no Cecap Quem falou foram André Fazano, Ana Cláudia Martins (centro) e Alessandra Santos. Crédito da foto: Fábio Rogério

Os desafios para as redes sociais e as tendências do jornalismo, num universo de preocupação com o fenômeno das fake news (notícias falsas), foram o centro das discussões num workshop realizado na noite desta quarta-feira (22) no Centro de Educação Continuada e Aperfeiçoamento Profissional (Cecap), vinculado à Fundação Ubaldino do Amaral (FUA).

Os temas foram apresentados pelos jornalistas Ana Cláudia Martins (jornal Cruzeiro do Sul), Alessandra Santos e André Fazano (rádio Cruzeiro FM 92,3). Nesta quinta-feira (23), às 19h, outro workshop será realizado com o tema “Marketing na Prática”, com os professores de Marketing, Marcelo Pacheco e Nilton Matielli.

Na apresentação dos temas desta quarta-feira (22), Ana Cláudia, Alessandra e Fazano foram unânimes em valorizar a importância dos profissionais de comunicação nos departamentos de comunicação de empresas e instituições como necessidade para a criação de um sistema de diálogo ágil e eficiente com a sociedade.

Como exemplos das atuações que ocorrem na prática, Ana Cláudia recorreu a fatos dos últimos tempos como exemplos de comportamentos corretos ou indevidos. No último caso, ela lembrou a demora na reação de um hipermercado da Grande São Paulo em reagir à ocorrência de um cachorro que morreu nas suas dependências em novembro de 2018 -- o caso viralizou na internet: “A empresa soltou nota oficial quase uma semana depois, perdeu o timing, foi um prejuízo considerável.” E como decisão acertada, citou a reação imediata do governador de São Paulo, João Doria, no dia do massacre da escola de Suzano há dois meses: “Se o governador não tivesse essa postura, ele poderia ser metralhado pelas redes sociais.”

A preocupação com as fake news foi abordada por Alessandra: “A gente tem essa responsabilidade de conversar sobre isso e checar informações”. Como ilustração, também se amparou em exemplos de fatos ocorridos como o do rompimento de uma adutora nos fundos de uma fábrica de Sorocaba. A desconfiança sobre a correção da informação levou-a a fazer uma série de checagens e descobrir que se tratava de uma ocorrência numa cidade do Rio de Janeiro. “Veja a nossa responsabilidade de divulgar e de quem compartilha”, concluiu.

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Entre as tendências para o jornalismo esportivo, Fazano relacionou a abertura de mercado de trabalho para estruturar áreas de comunicação em clubes esportivos. Ele identifica movimentação dos clubes de investirem em áudio, YouTube, internet e até mesmo televisão. Admite que as contas de atletas nas redes sociais podem ser tomadas como fontes da matéria, mas alerta que cuidados devem ser tomados para distinguir o que é notícia de questões pessoais.

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Fazano também disse que, no rádio, a participação do público na programação tem sido cada vez mais utilizada para medir a audiência, e uma plataforma muito usada para isso tem sido o WhatsApp. “É impressionante como o pessoal participa mais, isso ajuda a medir a audiência e auxilia a nortear o nosso trabalho”, acrescenta. (Carlos Araújo)