Jaqueline Coutinho comenta votação que a manteve no cargo de vice-prefeita de Sorocaba

Por Ana Claudia Martins

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A vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) visitou a redação do Cruzeiro do Sul na manhã desta quinta-feira (11), logo após ser entrevistada na rádio Cruzeiro FM 92.3, e falou sobre o resultado da votação do pedido de cassação contra ela, que por 13 votos a 7, foi rejeitado pela Câmara de Sorocaba. Jaqueline disse que ficou provado que não houve qualquer tipo de infração ou irregularidade cometida por ela no caso do ex-funcionário comissionado do Saae, e que “os vereadores atenderam o clamor de grande parte da população, que entendia que a cassação de seu mandato não seria justa”.

O pedido de cassação da vice-prefeita foi votado na quarta-feira (10), em uma sessão extraordinária. A denúncia era de que Jaqueline teria usado um funcionário público comissionado para a realização de atividades particulares durante o expediente dele. Como o pedido foi rejeitado, pois seriam necessários pelo menos 14 votos para que ela perdesse o mandato, o processo foi arquivado pela Câmara.

Ao Cruzeiro do Sul, a vice-prefeita disse que esperava um número maior de votos contra a cassação de seu mandato, mas que o julgamento dos vereadores, na posição de julgadores no plenário, é soberano. “Agradeço a Deus e obviamente o entendimento justo dos vereadores que votaram pela não cassação. Pode ter certeza que eles atenderam o clamor de grande parte da população, que entendia que a cassação não seria justa. E sendo um julgamento político teria que atender aquilo que a população espera do mandatário”, afirma.

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Jaqueline disse ainda que o ex-comissionado do Saae foi uma indicação política dela, assim como todos os vereadores têm suas indicações políticas. “O próprio prefeito tem, então, eu não posso ser a palmatória do mundo ou bode expiatório para a questão do comissionamento, que é algo previsto em lei, ou seja, não existe ilegalidade alguma”, diz.

A vice disse ainda que, apesar do ex-funcionário ser uma indicação política dela, ele não prestou serviços particulares como funcionário ou servidor do Saae e em horário de expediente dele. “Ele não prestava serviços particulares como funcionário ou como servidor em horário de expediente, mas sim no horário de almoço dele, como ele já fazia há um ou dois anos, mas no horário de almoço. Então, eu perguntei se ele poderia continuar fazendo o que ele já fazia desde 2016, mediante remuneração e sempre com meu veículo. Portanto, ele jamais utilizou veículo oficial ou qualquer bem do poder público. Você pode buscar meu filho e continuo te remunerando, como eu já fazia e obviamente desde que seja no seu horário de almoço. E ele respondeu que não havia problema nenhum”, destaca.

Segundo Jaqueline, se o ex-funcionário extrapolava o horário, conforme colocou a comissão processante, não cabia a ela, pois não era supervisora ou superiora hierárquica dele, fiscalizar o horário de expediente dele. “Obviamente não cabia a mim fiscalizar os horários dele, e ele em primeiro lugar tinha que se atentar ao seu próprio horário de trabalho. O que eu combinei com ele era para buscar meu filho no horário de almoço dele mediante remuneração, porém a denúncia feita à Câmara se avolumou e houve um entendimento deturpado no sentido de que ele prestava serviços para mim em horário de expediente, o que jamais ficou caracterizado”, afirma.