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Patrimônio histórico pra quê?

04 de Janeiro de 2019 às 06:57

Patrimônio histórico pra quê? Crédito da foto: Fábio Rogério

A construção, a toque de caixa, de uma base operacional fixa da Guarda Civil Municipal na praça central, em frente à Catedral e a rua Maestro Carlos Gomes, não vai deixar o centro mais seguro. Isso poderia ser feito com unidades móveis, tipo vans, como tem a Polícia Militar. E com uma estratégia inteligente de policiamento. A construção dessa base em blocos de cimento, na realidade, fere frontalmente, lateralmente, posteriormente, de qualquer ângulo, a paisagem centenária desse patrimônio histórico, a Igreja Matriz e arredores. O Condephiso -- Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico -- foi consultado? Associações que defendem a preservação e revitalização do Centro foram consultados? Há arquitetos na Prefeitura que foram ouvidos? Vale reclamar para o bispo?

Governador Doria faz diagnóstico

O governador João Doria realizou na manhã de quarta-feira a 1ª reunião com o secretariado. Após o encontro de trabalho, foi realizada uma coletiva de imprensa para apresentar os diagnósticos da situação das áreas de Educação, Segurança Pública e Fazenda, além de medidas administrativas para redução da máquina pública e eficiência da gestão estadual. O secretário da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse que existe a possibilidade de que cerca de que 2,5 milhões de estudantes sejam prejudicados por falta de 8,5 mil professores. Essa lacuna seria suprida pela contratação de novos professores temporários, contudo a Justiça estadual proibiu no ano passado esse tipo de contratação. Desse total de estudantes, há a possibilidade de que 60 mil alunos da 1ª a 5ª série não tenham nenhum professor disponível. Além disso, foi constatado que não há contratos para aquisição de material escolar e material de apoio para o início do período escolar. Rossieli anunciou que será retomado imediatamente o diálogo com o Ministério da Educação para participar de programas federais, em especial sobre o Ensino Médio, para receber recursos que deixaram de ser solicitados. Na Segurança Pública, o secretário General João Camilo Pires de Campos anunciou que foi iniciada às 5h de quarta a Operação São Paulo Mais Segura, com a participação de 24 mil policiais, com o objetivo de ampliar o policiamento ostensivo e a sensação de segurança da população. O secretário também afirmou que irá ampliar as ações de inteligência em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, aperfeiçoar os plantões policiais nas delegacias, incentivar que as prefeituras ampliem sistemas de vigilância eletrônica e criem conselhos municipais de segurança pública que não existem em 340 cidades. Também estão em andamento a análise para a criação de 17 Baeps e a aquisição de mais 50 bases comunitárias.

Privatização do Porto de Santos

O governador João Doria também anunciou que irá negociar com o Governo Federal uma solução para o Porto de Santos. “A nossa posição é pela privatização do Porto de Santos. Se tiver duas etapas, seria a estadualização e, na sequência, a sua privatização. Ou a sua privatização imediata”, disse. Ele também afirmou que foi convidado e irá participar do Fórum de Davos, na Suíça, que acontece entre 22 e 24 de janeiro. Doria irá apresentar para investidores estrangeiros as oportunidades de investimento no Estado de São Paulo.

Já o secretário da Fazenda, Planejamento e Gestão, Henrique Meirelles, afirmou que está sendo realizado um diagnóstico das finanças estaduais, que deve ser finalizado em breve para ser divulgado. Além disso, Meirelles disse que a atual gestão irá se empenhar em criar condições para a criação de novos empregos no Estado. “Vamos conversar com investidores para que tragam investimentos o mais rápido possível, seja com a expansão das indústrias atuais, seja com a instalação de novas indústrias. São Paulo tem condições de ser o motor da consolidação do crescimento da economia do país”, afirmou Meirelles.