Buscar no Cruzeiro

Buscar

Guarda que usou arma de choque contra mulher em PA será afastado por 30 dias

04 de Novembro de 2018 às 21:27

reunião ok Reunião durou cerca de 2h30. Crédito: Sandra Fonseca / Secom

O guarda municipal que usou uma arma de choque contra uma mulher que fazia uma transmissão ao vivo em uma rede social de dentro do Pronto Atendimento (PA) do Laranjeiras no sábado (3) será afastado das funções por 30 dias. A informação é da Secretaria de Comunicação e Eventos da Prefeitura de Sorocaba (Secom). A medida foi tomada neste domingo (4) durante reunião extraordinária com parte do secretariado do prefeito José Crespo (DEM), na Prefeitura de Sorocaba.

Conforme a Secom, o período de afastamento está estabelecido em lei e durante os 30 dias, o GCM deverá atuar em serviços administrativos. A reunião no Paço Municipal durou cerca de 2h30.

A Prefeitura de Sorocaba reforçou que a Corregedoria da Guarda Civil Municipal (GCM) instaurou processo investigativo para apurar a conduta do guarda pelo uso de arma de choque para conter a cidadã. Em paralelo, a Corregedoria Geral do Município também abrirá processo investigativo para apurar o caso.

“O corregedor geral, Carlos Alberto de Lima Rocco Junior, vai convocar, a partir de desta segunda-feira, todos os médicos e funcionários que estavam no plantão para depor a respeito da denúncia. Deverá ter acesso às imagens ao circuito interno de videomonitoramento para análise. Já a Secretaria de Assuntos Jurídicos e Patrimoniais (SAJ) também deverá apurar o fato, com a abertura de uma sindicância”, diz o material da Prefeitura de Sorocaba, divulgado para a imprensa.

O prefeito José Crespo falou sobre a medida e também defendeu que a sociedade não tire conclusões precipitadas sem saber o outro lado. “É fundamental apurar tudo o que de fato aconteceu ontem (sábado) no PA do bairro Laranjeiras. Por isso, tomei a decisão de realizar essa reunião extraordinária para discutir como os meus secretários, sobretudo, aqueles ligados diretamente com as pastas envolvidas no caso. Abrimos várias frentes para apurar o caso. E, tenho certeza daremos uma resposta à sociedade. E, se necessário for, punir os envolvidos. Mas é fundamental que a sociedade não tire conclusões precipitadas, muitas vezes condenando governo e pessoas injustamente. Não acredite em tudo o que é postado nas redes sociais, sem que se tenha a versão do outro lado. Ainda mais sem a devida apuração dos fatos”.

Apuração dos fatos

Logo após o termino da reunião, o secretário de Segurança e Defesa Civil, Jeferson Gonzaga, comunicou ao corregedor geral que logo pela manhã desta segunda-feira fará as entregas de todas as imagens do circuito de videomonitoramento do local, assim como designar o GCM para as funções administrativas.

De acordo com o secretário, uma análise preliminar às imagens do circuito interno demonstra que o guarda tentou, por diversas vezes, estabelecer diálogo com a cidadã, em vão. As imagens também mostram que a cidadã, alterada, mesmo tentando ser contida pelo marido avançou ao GCM, iniciou uma tentativa de subtrair a arma de fogo do guarda. Momento em que o GCM usou a arma de choque para contê-la.

A secretária da Saúde, Marina Elaine Pereira, que também participou da reunião, voltou a destacar que não se justifica a reclamação da cidadã, pois apenas quatro pessoas aguardavam atendimento além dela. No momento em que decidiu fazer transmissão ao vivo pela rede social denunciando a ausência de médicos, havia quatro profissionais no PA.

A Prefeitura de Sorocaba alega que, de acordo com o apurado preliminarmente, a cidadã fez a ficha na unidade às 12h43, sendo que às 13h iniciou sua transmissão do interior do local pelas redes sociais, sem a autorização. O Executivo alega ainda que a cidadã Célia Ramos fez a transmissão pela rede social após esperar 15 minutos por atendimento.

“Um tempo de espera de 15 minutos não é excessivo, sobretudo quando se trata de plantão médico. “É fundamental destacar, afirma a secretária, que logo após o fato, a cidadã recebeu todo o atendimento médico na própria unidade”, lembra.

O Executivo reforçou também que por conta da atitude da cidadã, a Secretaria de Segurança e Defesa Civil registrou boletim de ocorrência por resistência e desacato contra ela e o boletim também aponta uma ameaça feita ao guarda por um parente da cidadã no momento em que ela estava sendo contida. (Com informações da Secom)