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Gaeco obtém condenação de ex-diretor do CDP de Sorocaba

05 de Novembro de 2018 às 17:16

Marcio Coutinho foi diretor do CPD de Aparecidinha. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (28/4/2011)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) obteve a condenação do ex-diretor do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba, Marcio Coutinho, e de sua esposa, Tania Cristina Munhoz Coutinho, por crime de lavagem de dinheiro. A sentença impõe o cumprimento da pena de 15 anos de reclusão no regime inicial fechado e o pagamento de 48 dias-multa.

O Judiciário reconheceu que os réus, no período compreendido entre 2001 e 2014, ocultaram e dissimularam lucro proveniente de atividade delituosa cometida quando Marcio Coutinho esteve à frente da Diretoria do CDP de Sorocaba. Além da pena restritiva de liberdade e da multa, foi decretada a perda dos cargos ocupados pelos condenados, conforme art. 92, inciso I, alínea “b”, do Código Penal.

O advogado de defesa do casal, Claudinei Fernando Machado, disse que o caso tramita em segredo de Justiça e estranhou o fato de a notícia da condenação ter sido publicada no site do Ministério Público do Estado de São Paulo. Segundo ele, os seus clientes são inocentes e respondem o processo em liberdade. "A decisão não espelhou a realidade daquilo que foi trazido aos autos. Ela se baseou em informações, no entender da defesa, absolutamente vazias e duvidosas."

Machado pretende ingressar com um pedido de apelação para a decisão ser reavaliada. O advogado espera tomar essa decisão "no momento adequado".

O caso

Em 2014, o Gaeco começou a apurar denúncias de eventuais irregularidades e crimes praticados pela direção do CDP de Sorocaba na gestão de Marcio Coutinho. O procedimento investigatório tinha a intenção de verificar se as denúncias de facilitação de entrada de drogas e telefone celulares, além da venda de mordomias dentro da unidade prisional, como celas com televisão, ventilador, geladeira e micro-ondas, eram verdadeiras. 

No mês de abril, Marcio Coutinho foi afastado do cargo de diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba por determinação do secretário da Administração Penitenciária. Os motivos foram as denúncias de facilitação de entrada de drogas e telefone celulares no CDP, além ainda da venda de mordomias dentro da unidade prisional.

 

 

(Ministério Público)

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