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Funcionários da Santa Casa de Sorocaba podem parar por falta de pagamento
Os mais de 900 funcionários da Santa Casa de Sorocaba ameaçam paralisar as atividades a partir da terça-feira (26) por conta de atraso no pagamento do vale, que deveria ter sido pago no dia 20, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região (SinSaúde), Milton Sanches. Ele usou a tribuna da Câmara Municipal desta quinta-feira (21), durante a sessão ordinária, para falar do atraso nos pagamentos, consequência da falta de repasses da Prefeitura para o hospital.
No dia 7 de novembro, o presidente do Conselho de Administração da Irmandade Santa Casa de Sorocaba, padre Flávio Jorge Miguel Júnior, divulgou para a imprensa, Câmara Municipal e Prefeitura uma carta, relatando a “situação crítica” em que encontra-se o hospital, assim como as demais áreas da saúde da cidade. Naquela data, “a falta de repasses do município ao hospital passava da casa dos R$ 5 milhões”, o que dificultava fazer o pagamento dos salários dos funcionários e de fornecedores. Diante do exposto pelo padre, a Prefeitura repassou R$ 1,9 milhão ao hospital no dia 8 e mais R$ 1,9 milhão no dia 12, dinheiro utilizado para o pagamento dos salários dos funcionários. Ontem, porém, o SinSaúde divulgou que os trabalhadores não tinham recebido o vale, que corresponde a 40% dos salários, e afirmou que a dívida da Prefeitura de Sorocaba com a Santa Casa é de R$ 6,8 milhões.
A Prefeitura informou ao Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), que fez os dois repasses à Santa Casa nas datas combinadas com a direção do hospital e que atualmente estão pendentes um pagamento no valor de R$ 234.773,06 e outro de R$ 1.225.272,98, totalizando R$ 1.460.046,04, mas não informou quando serão quitados esses valores.
Segundo a Prefeitura, os atrasos nos repasses à Santa Casa ocorrem “devido aos recursos próprios escassos. A Prefeitura de Sorocaba tem que arrecadar para repassar ao Fundo Municipal de Saúde, para realizar os pagamentos dos prestadores e fornecedores”.
Questionada sobre quando a Prefeitura pretende normalizar os repasses, diz que isso “depende da melhora da situação econômica. A previsão é a de que esses atrasos cheguem até abril de 2020”, diz a nota da Secom. (Ana Cláudia Martins)