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Explosão em Beirute repercute em comunidade libanesa da região de Sorocaba

04 de Agosto de 2020 às 21:20

Explosão em Beirute repercute em comunidade libanesa da região de Sorocaba Ruas de Beirute ficaram cobertas por uma camada de poeira após a explosão. Crédito da foto: Marwan Tahtah / AFP (4/8/2020)

As explosões em Beirute repercutiram na região de Sorocaba. Descendentes de libaneses classificaram o incidente como uma situação grave diante das crises econômica e política do país.

O engenheiro Sergio Abibe Aranha, 68 anos, mora em Sorocaba e tem parentes no norte do Líbano. Ele acompanhou o noticiário relacionado à explosão em um depósito de nitrato de amônio na área portuária e postou nas mídias sociais uma imagem com a frase "Reze por Beirute. Reze pelo Líbano".

Segundo Aranha, neto de libanês, o incidente deve prejudicar ainda mais a vida de quem mora no país. "A situação dessa explosão é gravíssima em face desses acontecimentos de crise econômica e polícia no Líbano", conta.

Pior crise econômica

Atualmente, o Líbano enfrenta a pior crise econômica de sua história. Ela é agravada pela pandemia do novo coronavírus e por um delicado contexto político.

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Para piorar a situação, a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar diminuiu o poder de compra da população. Tanto que alimentos de primeira necessidade ficaram mais inacessíveis nas prateleiras dos supermercados.

Mídias sociais

Ainda na região de Sorocaba, mais especificamente na zona rural de Piedade, o aposentado Luiz Fernando Daher, 58 anos, usou as mídias sociais para buscar informações sobre a explosão. Neto de libanês, ele conversou com descendentes árabes para ter notícias de Beirute. Segundo ele, em várias postagens, moradores da capital do Líbano informaram que estavam seguros e tristes.

Daher disse ter ficado triste ao receber a notícia da explosão. "O povo libanês já sofreu em tantas guerras, já passou por destruições, foi reconstruído, mas é um povo forte, bravo, que tem brio."

Tanto Aranha quanto Daher integram a Sociedade Sírio-Libanesa de Sorocaba e Região, em processo de formação. A presidente Meire Cassar, 58 anos, não soube informar quantos descendentes vivem na cidade.

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Essa cálculo, segundo ela, será mais preciso após a formalização da Sociedade. "Mas são muitos", diz.

Segundo dados do Senado Federal, a comunidade libanesa que vive no Brasil, formada em sua maioria por descendentes, é maior do que a população do Líbano. São quase 12 milhões de libaneses e descendentes em território brasileiro, contra 4 milhões que vivem no Líbano. (Da Redação)