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Ex-comandante PM Rodoviário critica acessos da Raposo em Sorocaba

10 de Dezembro de 2019 às 00:33

‘Esses viadutos, parece que foram todos improvisados’ Congestionamentos são comuns nos acessos da rodovia, prejudicando os motoristas. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (4/12/2019)

O capitão reformado da PM Arnaldo Ferreira, que foi comandante do pelotão da Polícia Rodoviária em Sorocaba no período de 1990 a 1994, faz uma conclusão crítica sobre as condições dos acessos à rodovia Raposo Tavares no trecho urbano da rodovia em Sorocaba: “Esses viadutos todos me parece que foram improvisados.”

Para comparação, ele diz que outras estradas e a própria Raposo Tavares, a partir de Araçoiaba da Serra, “têm dispositivos enormes, largos, que dão acesso fácil em trechos que não têm movimento”. Já no trecho de Sorocaba até Araçoiaba da Serra, ele acrescenta que os acessos “quase todos foram improvisados, nenhum foi feito com a característica pujante de uma cidade próspera, progressista como Sorocaba”. E ainda falou: “Eu acho que Sorocaba merecia coisa melhor por parte das autoridades administrativas.”

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Ferreira vê possibilidades de solução a médio e longo prazos. A longo prazo, na sua avaliação, o traçado da Raposo Tavares terá que ser mudado para local ermo e distante da área urbana: “Local ermo, onde o órgão construtor possa projetar trevos decentes com características de plena segurança.”

A médio prazo, ele propõe medidas para o isolamento total da rodovia com a instalação de gradis em toda a extensão no trecho urbano, que impeçam a presença de pedestres. Ferreira aponta também a necessidade de construção de passarelas de pedestres nos kms 95, 99, 106, no mínimo. E ainda a manutenção da velocidade, na via expressa e nas marginais, mas com intensa fiscalização por meio de radares instalados a cada um ou dois quilômetros, sendo que os registros dos excessos de velocidade podem ser alternados para que os usuários não saibam o mecanismo de alternância.

‘Esses viadutos, parece que foram todos improvisados’ Arnaldo Ferreira aponta problemas. Crédito da foto: Emídio Marques / Arquivo JCS (24/9/2019)

Sem a fiscalização rigorosa da velocidade, segundo Ferreira, não se obterá um resultado “fantástico” em termos de segurança, que seria zerar o número de acidentes. Ainda sobre as condições dos acessos, classificou como “vergonhoso” o complexo de dispositivos do km 104, conhecido como Posto Ikeda: “Vejo aquilo ali uma vergonha. Ali teria que ser projetado um dispositivo grande para inclusive comportar o trânsito de veículos que vem do Hospital Regional e da Arena esportiva.” Nesse local há um trecho em que a marginal chega a ter espaço reduzido para uma única faixa de trânsito.

Ele lembra que Sorocaba, com quase 700 mil habitantes, é cidade líder de região e nos próximos anos pode chegar a 1 milhão de habitantes: “O comércio vertiginoso de Sorocaba, sempre crescendo, vai atrair um movimento espetacular de cidades. No meu ponto de vista deveria o governo do Estado dar uma atenção maior, uma prioridade para a nossa cidade, para Sorocaba e região.”

História

Além de conceder entrevista, Ferreira também enviou carta ao jornal com recordações do tempo em que criou um movimento pela duplicação da Raposo Tavares no início da década de 1990. A proposta valia para os trechos de Cotia a Itapetininga, com prioridade para o trecho urbano do km 92 ao 115, entre Sorocaba e Araçoiaba da Serra. Naquela época ele também criou o Conselho de Segurança Rodoviário de Sorocaba.

O objetivo do movimento era a eliminação da alta incidência de acidentes com elevado número de mortes no começo da década de 1990 na rodovia, principalmente entre os kms 92 e 115. (Carlos Araújo)

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