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Escolas municipais de Sorocaba terão gestão compartilhada em 2019

12 de Setembro de 2018 às 07:47
Ana Claudia Martins [email protected]
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Secretário alega que a pasta não tem recursos humanos suficientes para as novas unidades. Foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (01/08/2018)

O novo secretário de Educação de Sorocaba, o jornalista André J. Gomes, nomeado na última sexta-feira pelo prefeito José Crespo (DEM), disse  na Câmara de Sorocaba que a gestão compartilhada (terceirização) deverá ser oficialmente implantada na rede municipal de ensino a partir de 1ª de fevereiro de 2019. Segundo Gomes, a justificativa da proposta, que recebe críticas por ser um modelo de terceirização das escolas municipais, é que no ano que vem a rede municipal de ensino irá ganhar mais de 20 novas unidades e não há recursos humanos suficientes. O novo secretário disse ainda que será apresentado em breve um novo edital para a escolha das Organizações Sociais (OSs) para o Conselho Municipal da Educação e, posteriormente, o documento será enviado para a Câmara de Sorocaba.

“Temos um prazo: dia 1ª de fevereiro de 2019 isso já vai estar funcionando. Então, é uma realidade da qual não podemos fugir”, disse Gomes ao ser entrevistado pela imprensa assim que deixou o plenário da Câmara, onde se apresentou aos vereadores.

De acordo com o secretário, há uma lista de escolas e Oficinas do Saber que serão reformadas e preparadas para receber crianças no ano que vem, além da construção de novas escolas e creches. “Nós temos a previsão de dinheiro do governo federal para a construção de novas escolas e creches, mas a gente precisa de recursos humanos para trabalhar nessas unidades”, afirma o gestor.

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André Gomes: “realidade da qual não podemos fugir”. Foto: Erick Pìnheiro

Gomes defendeu a gestão compartilhada e disse que ela é uma proposta do plano de governo do prefeito Crespo e que, deste modo, precisa ser implantada, considerando as 20 novas unidades, sem recursos humanos. “Então, a gestão compartilhada é um caminho do qual não se pode voltar e reconhecidamente necessária para solucionar os vários problemas que se têm na rede municipal de ensino”, disse.

Segundo Gomes, caberá à Secretaria da Educação (Sedu) e à Prefeitura a gestão e fiscalização das unidades que irão operar no sistema da gestão compartilhada. “Faremos a melhor gestão compartilhada possível para escolher as melhores OSs. Temos que saber quem são os professores dessas OSs, quais são suas ideias e quais as estruturas delas. Se nós trabalharmos juntos, faremos a melhor gestão compartilhada possível e Sorocaba será referência nacional nesse sentido”, aposta o novo secretário.

Solução de problemas

O novo titular da Sedu disse ainda que fará encontros frequentes e visitas às unidades para conhecer as principais demandas e intensificar o diálogo com os profissionais da Educação. O primeiro encontro com diretores e supervisores de ensino ocorreu no auditório do Centro de Referência em Educação (CRE), que ficou lotado. Segundo Gomes, as reuniões com supervisores e diretores das unidades de ensino serão constantes. Para isso, a pasta dividiu os encontros por territórios -- Norte, Leste e Oeste --, sendo que eles acontecerão com grupos às terças, quartas, quintas e sextas-feiras. “Serão reuniões verdadeiramente executivas e produtivas. Delas, sairão resultados, ações, metas, resoluções de problemas”, afirma.

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Além disso, o novo secretário disse que estabeleceu na Sedu meta zero de situações desagradáveis nas escolas municipais, como recentemente ocorreu até a falta de papel higiênico em uma unidade. Um novo contrato assinado pela administração, irá garantir que as escolas passem a contar com reparos e manutenções necessárias de forma constante e mais rápida. “Na manutenção das escolas por exemplo quebrou, conserta, não vamos deixar mais nenhuma escola sem assistência e vamos ouvir todas as necessidades”, disse.

Ele citou o exemplo de uma ocorrência, no última sábado, na EM Rosa Cury que foi invadida e teve o encanamento quebrado. “Logo após o ocorrido já entrei em contato com a diretora da unidade, que foi até o local e a Secretaria de Obras enviou uma equipe para fazer o reparo. E na segunda, pela manhã, o Saae enviou duas tinas de água. Deste modo, as aulas não foram interrompidas e os alunos nem perceberam a situação”, diz.

Gomes afirma ainda que foi determinado interlocutores dentro da Sedu para serem uma extensão da direção escolar e quando ocorrer alguma situação a diretora tem que saber exatamente para quem ligar e de quem cobrar a solução, que tem que ser imediata”, aponta.

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