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Donos de bares e restaurantes em Sorocaba vivem incertezas

11 de Agosto de 2020 às 00:16

Donos de bares e restaurantes em Sorocaba vivem incertezas Galvão tem restaurante no Além Ponte: “A gente não sabe como vai ser”. Crédito da foto: Fábio Rogério (10/8/2020)

Com o retorno previsto para a terça-feira (11), ainda há dúvidas entre os donos de bares e restaurantes sobre como será a volta do atendimento presencial, quase seis meses após a proibição da modalidade em função da pandemia. “A gente não sabe como vai ser. Já liguei para pessoas, incluindo vereador. Ainda restam dúvidas”, afirma o empresário Douglas Galvão, que tem um restaurante na rua Padre Madureira.

Galvão também fala dos investimentos que foram necessários realizar, como adquirir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Já que não havia definição clara sobre o self service, uma das medidas foi excluir o serviço, mantendo o atendimento à la carte e prato executivo. “Preferimos segurar por alguns instantes”, diz o dono do restaurante, que tem 21 anos de atividade. E esta também é uma dúvida dos demais donos de estabelecimentos do ramo.

Medidas sanitárias

Ele também fala das medidas que foram tomadas para a abertura. “Hoje, fizemos a limpeza e manutenção do ar-condicionado. Falta a higienização das mesas, cadeiras e do chão”, diz. “A expectativa da volta é muito grande”, garante. Contudo, ele avalia que é preciso manter a qualidade do atendimento, mesmo com o limite de apenas 40% do total. Mesmo com isso, Galvão garante que o preço para o cliente não muda. “Não seria leal com ele”, comenta.

Donos de bares e restaurantes em Sorocaba vivem incertezas Chefe Zezinho decidiu não aderir à abertura, ao menos por enquanto. Crédito da foto: Fábio Rogério (10/8/2020)

Por fim, ele afirma que, como já estava atuando com o delivery, a cozinha está preparada e o maior desafio é manter os oito cozinheiros de dois períodos dentro de padrões ainda mais rigorosos para a atividade.

Com o cenário de indefinição, em especial com relação ao tempo de abertura, o empresário José Urbano (Chefe Zezinho) tomou uma medida radical, portanto. Ele decidiu não aderir à abertura, ao menos por enquanto. “Vou esperar para ver o que vai rolar. É muita incerteza. São detalhes que ainda não foram resolvidos”, diz, citando a recomendação do MP. “Vou aguardar e, de imediato, continuar com o delivery, mais ainda não vou preparar a casa para a abertura. Esperamos algo com mais certeza para que a gente possa trabalhar com mais segurança”, alega.

Novas regras

Uma das justificativas é a necessidade de recolher pessoal, sem a garantia de permanência da nova regra. “Tive que reduzir pessoal e ficar com o mínimo possível. Então, teria que recolher funcionários, montar a estrutura. E se vem uma nova determinação parando tudo, vai aumentar o prejuízo que já estamos tendo. Falta definição”, argumenta.

Ele relata que vive a expectativa de poder trabalhar, mas vê as coisas como “muito aleatórias e inseguras”. O empresário também reclamou de como toda a situação da pandemia foi conduzida junto ao comércio. “Comecei em 1985, mas eu nunca vi uma situação como essa. Foi a primeira vez que fui proibido de trabalhar. O desgaste emocional e financeiro foi muito grande”, lamenta. (Da Redação)

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