Dono de farmácia de manipulação é preso por falsificação de remédios
Atualizada às 10h46
Um comerciante de 40 anos, dono de duas farmácias de manipulação, foi preso nesta quinta-feira (22) em Sorocaba por falsificação de produtos com fins terapêuticos ou medicinais. A ação da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária (Visa) também interditou os dois estabelecimentos comerciais na região central da cidade.
Os dois endereços foram fiscalizados após uma denúncia anônima de que a farmácia estaria usando substâncias diferentes das prescritas nos receituários médicos na produção dos medicamentos. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a polícia e os fiscais da Vigilância Sanitária encontraram irregularidades nas duas unidades da empresa, apreendendo produtos usados para a manipulação que não tinham origem comprovada ou estariam vencidos.
Uma das farmácias não tinha alvará autorizando o funcionamento. No local, uma funcionária chegou a alegar que o estabelecimento ainda estava sendo preparado para uma futura instalação, mas os fiscais encontraram produtos manipulados prontos para entrega aos clientes.
Interdição
As duas farmácias foram interditadas. Segundo a Vigilância Sanitária, a unidade na rua Antônio Alvarenga foi fechada por não possuir a licença sanitária e estocar produtos sem procedência. Já o segundo comércio, na rua Minas Gerais, adulterava fórmulas farmacêuticas com matéria-prima divergente.
"Além dessas irregularidades, também foram lavrados autos de infração às duas farmácias por manipular fórmula de baixo índice terapêutico sem as devidas autorizações do órgão sanitário; não realizar controle de qualidade das matérias-primas e não apresentar as receitas dos medicamentos sujeitos ao controle especial manipulados", detalhou a Visa em nota.
Todo o material apreendido será descartado. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o proprietário das farmácias será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.
Defesa
Em nota, o advogado Felipe Ferreira Barbosa, que representa o homem preso, afirmou que o comerciante observa a legislação pertinente à sua atividade e "sempre empregou as melhores práticas farmacêuticas em suas unidades e provará nos autos que todos os seus produtos são hígidos. A controvérsia, na realidade, refere-se a questões documentais e burocráticas, que serão apresentadas e elucidadas em momento oportuno". (Jomar Bellini)