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CPI do Voluntariado ouve mais seis testemunhas

27 de Março de 2019 às 00:50
Marcel Scinocca [email protected]

CPI do Voluntariado ouve mais seis testemunhas Imprensa não teve acesso aos depoimentos, que duraram mais de três horas. Crédito da Foto: Fábio Rogério

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis problemas no voluntariado da Prefeitura de Sorocaba realizou a segunda rodada de oitivas na tarde de ontem. Seis servidores de carreira e comissionados da Secretaria Municipal de Comunicação e Eventos (Secom) foram ouvidos em depoimentos que duraram mais de três horas. A coleta de dados ocorreu à porta fechada, sem registro da imprensa.

Iara Bernardi (PT), presidente da Comissão, afirmou que nos depoimentos ficou demonstrado que as atividades da ex-servidora Tatiane Polis não era como voluntária. “Ela atuava opinando, fazendo projeto em conjunto; isso não é trabalho voluntário”, diz. Para a presidente, isso caracterizaria usurpação de função pública.

“Foi produtivo. Tivemos a informação de que a Tatiane Polis frequentava a Secretaria de Comunicação e até orientava trabalhos e sugestões”, avaliou na mesma linha a relatora da Comissão, Fernanda Garcia (PSOL).

A próxima reunião ocorrerá amanhã, onde serão definidos os próximos depoentes. A Comissão não descarta que servidores que já prestaram depoimento possam voltar a depor. Ainda não há data para a convocação de Tatiane Polis. Outra situação não descartada é a possibilidade de convocação do prefeito José Crespo (DEM).

Defesa de Tatiane

Márcio Leme, advogado de Tatiane Polis, afirmou que a cliente atuava tão somente como voluntária e apoiadora do governo, que não teve posto e não coordenou projetos e também que ela jamais pressionou algum servidor. Ainda conforme o advogado, as testemunhas negaram qualquer tipo de pagamento e algumas colocaram seus sigilos bancários à disposição dos trabalhos. “Não estão se confirmando as denúncias anônimas que ensejaram a abertura da CPI”, avaliou. (Marcel Scinocca)