Vereador Luís Santos (Pros) foi criticado pelos colegas. Crédito da Foto: Emídio Marques (5/2/2019)

Era para ocorrer uma análise tranquila para projeto de lei que criou a Semana Municipal do Samba em Sorocaba, na sessão desta quinta-feira (7). Não foi. Isolado e movido contra o que ele chama de "ideias aberratórias", Luís Santos (Pros) se posicionou contra. Único a dar não à iniciativa, o vereador ainda ouviu praticamente um sermão dos colegas. Até Irineu de Toledo (PRB), que também é pastor, votou sim.

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“Meu voto é contrário à criação da Semana Municipal do Samba. Infelizmente, até nessa área estão se apropriando de ideias aberratórias. Essa esquerda doentia se apropriou desse gênero musical para fazer as suas maiores aberrações em nome de uma festa popular. Mais uma vez repito aqui com convicção, meu voto é contrário”, afirmou.

Após a fala, ele enfrentou uma enxurrada de críticas. Anselmo Neto (PSDB) usou seu tempo para criticar a discussão em torno do tema. Ele lamentou e disse que o tempo deveria ser usado para assuntos mais importantes, mas que se viu na obrigação de defender o samba. “O samba não tem culpa”, disse. Irineu de Toledo, líder do governo na Câmara, também se posicionou contra o colega pastor.

“Lamento que um projeto simples vire polêmica nesta Casa”, afirmou o vereador Renan Santos (PCdoB). João Donizeti (PSDB) também defendeu o projeto e teceu críticas a fala do vereador, sem mencioná-lo. Para ele, a situação é de proselitismo político. Autora do projeto, Iara Bernardi, ao pedir voto favorável, foi outra que lamentou as afirmações de Luís Santos.

Após a votação, Fernando Dini (MDB), presidente da Câmara, também se posicionou. Ele afirmou que pela condição de presidente, não poderia votar, mas que votaria sim caso pudesse votar. O projeto foi aprovado por 16 votos favoráveis e um contra, o de Luís Santos. Wanderley Diogo (PRP) também não votou e Vitão do Cachorrão (MDB) estava ausente. A Semana deverá ser comemorada em dezembro. (Marcel Scinocca)