Fila de carros foi formada na avenida Rudolf Dafferner. Crédito da foto: Emídio Marques (12/7/2019)

Uma carreata está sendo programada para este sábado (28), em Sorocaba, pela reabertura do comércio da cidade. Ao menos 100 veículos estão sendo esperados pelos organizadores.

O ato deverá ser iniciado às 14h, no estacionamento da Prefeitura de Sorocaba. Conforme a autônoma Rogéria Sabina, que é uma das organizadoras do ato, a carreata deverá durar cerca de 1 hora e 30 minutos. Ainda estão sendo realizadas tratativas, mas a expectativa deverá ser a finalização no bairro Campolim.

Ainda conforme ela, as mensagem estão sendo distribuídas em redes sociais e aplicativo de conversa. O engajamento vem de nove grupos, cada um com cerca de 130 pessoas. “Como não podemos fazer aglomerações, vamos fazer carreata. Carreata não está no decreto”, alega sobre as regulamentações de isolamento do município e do Estado, em função da pandemia de coronavírus.

Ela argumenta que a situação atual está trazendo muitos prejuízos para a economia e que busca seguir a recomendação do presidente Jair Bolsonaro que defende flexibilidade no isolamento. Questionada sobre os casos da doença, Rogéria avaliou que há exagero no que a mídia está noticiando.

Na sexta-feira (27), à noite, em Sorocaba já houve movimentação de veículos chamando para o evento. O mesmo ocorreu em outras cidades do Estado, entre elas Santos.

Em nota, a Urbes, que gerencia o trânsito e transporte de Sorocaba, afirmou que o ato previsto para hoje é ilegal e não pode ocorrer. Conforme a empresa pública, o ato não foi autorizado “e aqueles que desrespeitarem tal determinação podem sofrer as sanções legais”.

Já a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), em nota, disse que respeita o direito constitucional de todo cidadão em manifestar suas opiniões e não impede atos dessa natureza. A secretaria, porém, reforça recomendação do Governo do Estado, neste momento emergencial de combate ao coronavírus, para que as pessoas permaneçam em suas residências.

"A quarentena regulamentada por decreto do governador João Doria não prevê interferência policial no direito de ir e vir de pessoas físicas. O artigo 4º expressa que "fica recomendado que a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo se limite às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercício de atividades essenciais", diz a pasta estadual. (Da Redação)