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Campanha incentiva a vacinação de adolescentes contra o HPV

25 de Setembro de 2018 às 08:58

Meta é imunizar 20 milhões de meninos e meninas no Brasil. Foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS

Mais de 20 milhões de adolescentes brasileiros devem buscar os postos de saúde para receber a vacina contra HPV. A convocação é do Ministério da Saúde, que lançou em 4 de setembro uma campanha para a vacinação também de crianças, no caso de meninas acima de 9 anos. A expectativa é de vacinar 9,7 milhões de meninas de 9 a 14 anos e 10,8 milhões de meninos de 11 a 14 anos.

No primeiro semestre de 2018 foram aplicadas 10.478 doses de vacina contra HPV em Sorocaba, ante 10.407 doses em igual período do ano passado. O público alvo da vacinação de meninas de 9 a 14 anos é de 31.066 pessoas, e de meninos de 11 a 14 anos abrange 21.896. A informação é da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria e Comunicação e Eventos.

A vacinação em adolescentes e adultos em geral é mais baixa do que em crianças. O cálculo da cobertura anual desta vacina é dificultado em função do prazo de vacinação que é de 6 anos para meninas de 9 a 14 anos, e de 4 anos para meninos de 11 a 14 anos.

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A médica infectologista Naihma Salum Fontana lembra que o HPV é a sigla em inglês para Papilomavírus Humano (Human Papiloma Virus - HPV). Os vírus do HPV são capazes de infectar a pele e as mucosas e são transmitidos através do contato. Existem mais de 150 diferentes tipos de HPV, com 40 capazes de infectar o “trato genital”. De todos esses 40, 12 são de alto risco para câncer e outros causam as verrugas genitais.

“O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo mundo (cerca de 70%)”, diz Naihma. “Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar”.

Segundo a médica, em relação ao quadro clínico, na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente: “O HPV pode ficar no organismo durante anos sem a manifestação de sinais e sintomas. Em uma pequena porcentagem de pessoas, porém, determinados tipos de HPV podem persistir durante um período mais longo, permitindo o desenvolvimento de alterações das células, que podem evoluir para as doenças relacionadas ao vírus.”

Em relação à prevenção, Naihma diz que é preciso entender primeiramente a forma de contágio. O vírus HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição, e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

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