Botijão de gás de cozinha se torna item raro na cidade

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A restrição da venda visa garantir que este produto de primeira necessidade não falte às famílias. Crédito da foto: Vinícius Fonseca

A restrição da venda visa garantir que este produto de primeira necessidade não falte às famílias. Crédito da foto: Vinícius Fonseca

Nas últimas semanas, em virtude da grande procura, o botijão de gás de 13 quilos se tornou item tão raro quanto máscaras e álcool em gel nas prateleiras de farmácia. Uma rede distribuidora, que tem quatro depósitos na cidade, informa que todos os estoques acabaram e que não há previsão de retorno do abastecimento.

A alta demanda por botijões de gás tem levado distribuidoras e revendedoras de Sorocaba que ainda possuem o produto em seus estoques a limitarem a quantidade a somente um por cliente. A medida, afirmam, visa garantir que este produto de primeira necessidade não falte às famílias.

É o caso de uma distribuidora situada na Árvore Grande, onde uma carreta com 1.060 botijões foi descarregada ontem para repor o estoque, que estava zerado desde o último sábado (4). As vendas, que já estavam limitadas a dois botijões por cliente, passaram temporariamente para somente um. A gerente comercial do estabelecimento, Isabel Buosi, afirma que a grande procura pelo botijão de 13 quilos se acentuou nas últimas semanas, motivada pelo receio das famílias em ficar sem o produto, e de parcela da população que acabou estocando o produto na quarentena motivada pela pandemia do novo coronavírus. “E como as pessoas estão ficando mais em casa, provavelmente elas estão cozinhando mais, então acabam utilizando mais gás”, comenta.

A Eligás, distribuidora Ultragaz, afirma que está com o estoque zerado nos depósitos na Vila Barão, Vila Hortência, Aparecidinha e Santa Esmeralda, “em virtude da grande demanda, nosso abastecimento tem sido prejudicado”. O estabelecimento afirma, ainda, que não há previsão de normalização do abastecimento. Em uma revendedora na Vila Barão, segundo um funcionário, as vendas do botijão dispararam e também está limitada a apenas uma unidade por cliente.

Ainda segundo os revendedores, apesar da procura acentuada nas últimas semanas, o preço está mantido no mesmo patamar antes do início da pandemia. O botijão de 13 quilos está sendo vendido a R$ 70 para retirada e R$ 75 para entrega.

Em nota conjunta, a Secretaria do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Sindigás, representante das distribuidoras e revendedoras de gás, a ANP e a Petrobras afirmam que se trata de um “aumento pontual na procura” e que não há risco de desabastecimento de GLP (gás liquefeito de petróleo) no país. Em reunião com representantes do setor no último sábado (4), a pasta definiu estratégia emergencial para tentar normalizar o abastecimento. Entre as medidas, segundo a secretaria, encontra-se, inclusive, importação adicional de gás, o que, segundo a pasta, deve contribuir para que a situação seja normalizada ainda neste mês. (Felipe Shikama)