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Área do Matadouro é opção para a Feira da Barganha, diz Crespo

23 de Fevereiro de 2019 às 05:30

Feira da Barganha pode ser transferida para a área do antigo Matadouro Municipal na Paes de Linhares. Crédito da Foto: Emídio Marques (22/2/2019) Feira da Barganha pode ser transferida para a área do antigo Matadouro Municipal na Paes de Linhares - Foto: Emídio Marques (22/2/2019)

O destino da Feira da Barganha depende da aprovação ou rejeição de um projeto de lei em tramitação na Câmara de Sorocaba, segundo afirma o prefeito José Crespo (DEM). O projeto 187/2017, de autoria do Executivo e em tramitação no Legislativo prevê a regularização em definitivo da situação da feira no Horto Florestal e permite sua revitalização. Caso o projeto não seja aprovado, Crespo pretende transferir a feira para o antigo Matadouro, na rua Paes de Linhares, também na zona norte.

As declarações foram em entrevista na quarta-feira (20), para a rádio Cacique, mas não foram reiteradas pela assessoria de imprensa da Prefeitura. Ao Cruzeiro do Sul, a Prefeitura afirmou que o prefeito trabalha pela aprovação do projeto, mas não falou sobre a possibilidade de mudar o local de funcionamento.

Na quarta, Crespo afirmou que o funcionamento da feira no espaço atual está irregular. “Aquilo na verdade, dentro da lei vigente, é para ser um condomínio, um loteamento popular, há muito anos. Ela está ilegalmente lá. É que ninguém levantou isso, nem o Ministério Público percebeu”, disse. De acordo com o prefeito, sua intenção seria manter a feira no local atual e promover a revitalização, mas para isso dependeria da aprovação do projeto.

“Se a Câmara aprovar o meu projeto, desafetando a parte habitacional, eu vou revitalizar a Feira da Barganha. Mas se a Câmara não aprovar, eu vou arranjar outro local para a Feira da Barganha. Não vai ser mais lá”, disse. Ainda na entrevista, Crespo indicou o prédio do antigo Matadouro, na rua Paes de Linhares, como o novo destino.

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Sobre o espaço no Horto Florestal, Crespo propõe um projeto habitacional. “Vamos fazer ali um conjunto habitacional. Já deixei preparado com o secretário estadual (da Habitação), Dr. Flávio Amary” , disse. O prefeito, no entanto, ressaltou que o objetivo principal seria a manutenção da feira no local atual, uma vez que as pessoas já estariam habituadas ao endereço.

Questionada pelo Cruzeiro do Sul, sobre a entrevista, a Prefeitura afirmou: “O prefeito José Crespo vem trabalhando junto à Câmara Municipal pela aprovação do projeto de lei 187/2017 de autoria do Executivo -- que regulariza em definitivo o funcionamento da Feira da Barganha na área localizada no Horto Florestal. Nesse sentido, a Prefeitura precisa que a área seja desimpedida para que a feira seja regularizada e possa continuar no mesmo local, sendo essa a intenção do prefeito José Crespo.”

Operações

Desde dezembro do ano passado, a Polícia Militar (PM) tem realizado operações no entorno da Feira da Barganha -- onde atuam vários ambulantes -- com o objetivo de identificar materiais irregulares e produtos de crime. A ação teria ocorrido, segundo a PM, após a corporação receber reclamações da comunidade, decorrentes do comércio irregular de produtos de origem ilícita e obstrução de vias públicas, tais como ocupação indevida de calçadas e canteiro central.

Já na área da Paes de Linhares, comerciantes receberam a ideia inicialmente com otimismo, mas ainda demonstraram desconfiança em relação aos desconhecimento dos detalhes. Dono de um restaurante, Luiz Cláudio Prestes conta que não abre aos domingos (quando tradicionalmente ocorre a feira), mas acha que pode beneficiar outros comércios. Ele ainda lamenta o estado atual do Matadouro. “Abandonado. A verdade é essa”, diz. Márcia Moraes, comerciante de uma conveniência de posto de combustíveis, observa que a área próxima do Matadouro não é tão residencial -- com menor potencial de incômodos aos moradores -- e há a possibilidade favorecer o comércio. “Vai movimentar o bairro”, opina.

Construído em 1928, o espaço abrigou por quase 50 anos o Matadouro Municipal, onde eram abatidos bois e porcos. O local é patrimônio tombado por meio do decreto 10.033/1996. Atualmente, o prédio está desocupado e degradado. O entorno é utilizado pela Escola de Formação da Guarda Civil Municipal, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e como depósito de terras.

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